Baixa imunidade e o avanço da idade podem reativar o vírus do herpes-zóster

ARTICLE TOP AD

Estima-se que 95% da população brasileira que já tiveram catapora têm no organismo o vírus Varicella-Zoster, que também causa o herpes-zóster e, em algum momento da vida, poderá ser reativado, seja pelo envelhecimento, por uma queda da imunidade ou por doenças crônicas e câncer.

De acordo com o dermatologista Antonio Lui, do hospital Santa Casa de Mauá, nos últimos anos, os casos de herpes-zóster aumentaram e trata-se de uma doença infecciosa e aguda. É importante ficar alerta, pois suas lesões podem ser confundidas com dermatites. “Toda e qualquer erupção na pele requer atenção e cuidados redobrados com a imunidade, especialmente, aqueles que já passaram dos 50 anos de idade”, alerta o médico.

Entre os sintomas estão as lesões na pele, bolhas e vesículas que coçam, ardem e doem. Se não tratadas, podem causar complicações. Geralmente, as lesões atingem apenas um dos lados do corpo e formam um caminho, que acompanham os nervos. Por isso, também é conhecido como cobreiro e ainda pode causar dores nos nervos e de cabeça, febre, mal-estar e formigamento. O diagnóstico é basicamente clínico e com avaliação da pele e dos sintomas.

Alguns cuidados são de extrema importância como lavar bem as mãos, antes e depois de tocar nas lesões; pessoas com herpes-zóster devem ficar em isolamento e fazer a higienização de objetos que possam ter sido contaminados. “Se as bolhas estourarem, é importante cobri-las, pois a secreção é composta por vírus e as pessoas podem se contaminar”, explica o dermatologista Antonio Lui.

O tratamento é realizado à base de antivirais e corticoides e, dependendo do caso, pode ser necessária a administração de analgésicos. Também é importante lavar e secar bem a região afetada, dar preferência às roupas de algodão, fazer compressas frias e só aplicar loções, pomadas ou cremes sob prescrição médica.

Em casos graves, pode ocorrer dor crônica que chegam a persistir por décadas. O vírus também pode atingir o rosto e causar paralisia, além dos olhos e até causar cegueira. Neste caso o tratamento é multidisciplinar e a prevenção ideal é a vacina, porém ela só está disponível na rede particular, tem alta taxa de eficiência e é recomendada para todos os pacientes acima de 50 anos.

ARTICLE BOTTOM AD