Tablets se tornam a nova mania tecnológica

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Além de acesso à internet, é possível jogar, assistir vídeos, ler livros e textos no aparelho

Na era das inovações tecnológicas, o século 21 foi marcado recentemente por um novo segmento que está revolucionando o cotidiano das pessoas. No dia 27 de janeiro de 2010, Steve Jobs (1955-2011), na época presidente-executivo da Apple, uma das maiores empresas de tecnologia eletrônica do mundo, dava início ao que hoje é o sonho de consumo do cidadão moderno, o iPad. Era o começo da geração dos tablets. 

Um tablet é um aparelho eletrônico em forma de prancheta que facilita o uso de internet e de outras mídias sem precisar de um computador ou uma rede para estar conectado com o mundo. Pode ser chamado de computador de mão.

Dentre as suas principais funções estão o uso de aplicativos para jogos, redes sociais, assistir a vídeos, ouvir músicas, ler livros, textos, jornais e revistas, além de acesso à internet.

Essa nova onda está pegando. Não é estranho nos vagões do Metrô, em São Paulo, encontrar uma pessoa com um tablet nas mãos. Essa mobilidade que eles proporcionam por conta do seu tamanho e praticidade permite às pessoas utilizá-lo de maneira rápida, onde estiver.

O que deixa seu uso ainda mais prático é a tela sensível ao toque. O touchscreen, que inicialmente foi utilizado nos celulares smartphones, ganhou fama entre a população e foi muito bem aceito nesse novo meio.

A auxiliar de enfermagem e estudante Maria Eduarda dos Santos é uma usuária de iPad. No Metrô, no ônibus ou em qualquer lugar fora de casa, ela está grudada ao seu tablet. O uso para ela é cômodo por conta da sua praticidade e mobilidade. “Para mim, que faço faculdade, é muito melhor, pois evito andar com um monte de textos e cópias. Além disso, ainda penso no meio ambiente”.

O uso desses aparelhos está ganhando fama no mundo dos negócios. No Salão do Estudante, evento que aconteceu em São Paulo em setembro, havia muitos estandes equipados com tablets para cadastrar os visitantes. Há alguns anos, talvez, fosse usado um notebook. 

Eliana Bastos e Nayara Gobis, que estavam no evento representando o Banco do Brasil, cadastraram muitos participantes por meio do aparelho. Para Eliana, o uso do tablet facilita muito o trabalho, pois não precisa de computadores ou papéis.

Escolhendo um tablet – Mas se essa é a promessa do futuro dos computadores, como escolher o aparelho mais adequado? Quatro grandes empresas estão na frente nessa corrida do mercado dos tablets. Apple e Samsung, respectivamente, que foram as primeiras a lançar os aparelhos, têm os mais cobiçados pelo público. O iPad, que usa o iOS como sistema operacional, é o mais caro do segmento. No Brasil, o iPad 2 mais completo saicusta cercade R$2.400.

Já a Samsung, com o Galaxy Tab, tem um aparelho com o Android, da Google, que possui um número maior de aplicativos. O preço é mais baixo que o da Apple, mas ainda assim é salgado. O Samsung Galaxy Tab 10.1, que é o modelo mais novo lançado pela empresa chega a custaemmédia R$1.600.

Outras empresas que estão fabricando aparelhos em forma de prancheta são a Motorola, com o Xoom, e a Acer, com o Iconia. O Xoom mais completo chega a custar R$ 1.700, enquanto o Iconia A500, modelo mais novo da Acer, sai em média por R$ 1,5 mil.

Na tabela é possível comparar os aparelhos dessas quatro empresas quanto às suas características básicas. O que todos eles têm em comum são as conexões por wi-fi e Bluetooth. Nem todos possuem tecnologia GSM/EDGE/GPRS ou 3G. Quanto à capacidade, todos eles possuem pelo menos 16GB de memória, o que facilita o armazenamento interno.

O iPad 2 é o que possui o modelo com maior capacidade, com 64GB de memória. Já o Galaxy Tab 10.1 deixa a desejar nesse aspecto. O modelo possui uma memória interna fixa de 16GB, enquanto outras marcas também disponibilizam aparelhos com 32GB.

O que chama bastante a atenção em todos eles é o design. Com espessura fina, pode passar despercebido dentro de uma capa em formato de pasta, o que os deixam em menos evidência.

Vida Real – Mesmo com esses aparelhos eletrônicos multimídia sendo a nova promessa do mercado tecnológico, ainda há quem ache que eles comprometerão a vida das pessoas. O técnico em informática Renato Zane, que trabalha na manutenção de aparelhos computadorizados, é um deles. Para ele, a nova mania pode prejudicar a sociedade.

“As pessoas podem usar o aparelho para desenvolver suas atividades profissionais, mas isso não pode afetar a vida social. O contato pessoal é fundamental, e isso pode ser comprometido por conta do mundo virtual”, disse o técnico. “Só usar as redes sociais deixa a pessoa um pouco falsa, pois falam com você pelo Facebook, mas não te dão ‘oi’ quando te veem na rua”.

Mesmo com os pontos negativos apontados por Zane, a tendência é que o mercado cresça. Lucas Guedes, vendedor da área de telefonia móvel, diz que a tendência é vender muito até o final do ano. Há uma boa procura pelos aparelhos, principalmente o Galaxy Tab, da Samsung. “Com um tablet nas mãos, tem-se mais liberdade para se conectar onde estiver sem precisar do seu computador. Usa o computador em casa, mas na rua é o tablet que vai se usar”, completou.

Antes um produto impor­tado,o tablet também passou a ser produzido no país.

 

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