POLÍCIA CAPTURA SUSPEITO DE CHEFIAR FINANÇAS DO TRÁFICO

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ABCD é apontado como sede do financiamento de grupo do PCC que atua no tráfico de drogas

 A Operação Sintonia Fina prendeu na noite de domingo (04/08) mais um suspeito de integrar a quadrilha do PCC (Primeiro Comando da Capital) que agia na Região. Marcelo Garrido, 31 anos, conhecido como Neymar, foi preso na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) de Praia Grande, no Litoral. De acordo com a Polícia Civil de São Bernardo, ele é suspeito de coordenar a arrecadação de dinheiro e distribuição de drogas do esquema. Toda a base financeira do grupo estava sediada em São Bernardo. 

A Polícia Civil começou a desbaratar o grupo na sexta-feira, quando 28 pessoas foram presas pela Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de São Bernardo, que comanda a ação. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, Garrido foi flagrado na unidade de saúde, onde procurou atendimento por conta de um mal-estar. A informação chegou até a polícia através de conversas do suspeito com comparsas por meio de telefone grampeado, autorizado pela Justiça, conforme a secretaria.

A prisão contou com o apoio da Dise de Itanhaém. Em nota, o delegado da Seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho, confirmou que o suspeito tinha mandado de prisão expedido pela Justiça. “As investigações apontaram que ele era o elo entre os líderes da quadrilha e o restante do grupo”, disse.

 

ATUAÇÃO NACIONAL

Até agora, 29 pessoas foram presas. A operação avançou por Santo André, São Bernardo e Diadema, além de ter rendido suspeitos no Litoral Sul, nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e no Paraguai. 

A Operação Sintonia Fina é resultado de mais de seis meses de investigação. As prisões começaram por volta das 6h de sexta-feira na Região. A reportagem conversou com policiais que fizeram parte da ação e informaram que os suspeitos não reagiram. “Teve muita gente que ainda estava dormindo e acordou assustado, mas, apesar disso, ninguém reagiu”, disse um policial no dia das prisões.

Em São Bernardo, onde foram encontrados pelo menos 10 dos suspeitos, também foram apreendidos notas de reais e 12 quilos de entorpecentes.  

PCC importava a droga do Paraguai

De acordo com a Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de São Bernardo, o PCC importava a droga do Paraguai, que era trazida por traficantes brasileiros. A polícia investiga ainda o suposto uso de caminhões para transporte da carga. Mas um dos suspeitos foi flagrado na rodoviária do Tietê, na Capital.

No ABCD, ainda conforme a polícia, Reginaldo Romão da Silva, o Gordão, que também foi preso, era o responsável por receber os entorpecentes e distribuir para os integrantes da facção.

As investigações apontam ainda que cada estado do País possui integrantes do PCC que são responsáveis por captar dinheiro, através da venda de drogas, para manter a quadrilha. Os integrantes do comando são obrigados a pagar a cebola ou caixa, uma mensalidade de R$ 850.

Todos os membros são obrigados ainda a adquirir um talonário de rifa de R$ 650. O volume de dinheiro movimentado pelo grupo chegava aos R$ 650 mil mensais para custear o esquema de tráfico. 

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