MP cobra da EMTU provas para dar fim a integração

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Reunião foi realizada entre promotor e representantes da Prefeitura, Procon e EMTU


A EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) terá de entregar ao Ministério Público documentos que comprovem a necessidade de cobrar pela integração entre os ônibus municipais e os terminais de trólebus de Diadema e Piraporinha, serviço que é feito gratuitamente há mais de 20 anos.

A decisão foi tomada na reunião entre o promotor Daniel Serra Azul, representantes do Procon/Diadema e da EMTU e o secretário municipal de Transportes, Ricardo Perez.

A reunião, de acordo com o promotor, teve o objetivo de ouvir as explicações da EMTU para cobrar pela baldeação. Azul explicou que ficou acordado a empresa apresentar documentos que comprovem a necessidade desta cobrança.

“Foi uma conversa inicial. De concreto não foi acordado nada. Apenas a EMTU ficou de apresentar documentos para comprovar a necessidade da cobrança. Falamos muitas coisas informais e até dei algumas sugestões, mas preciso dos documentos para concluir o inquerido”, explicou o promotor. O inquérito deverá ser concluído em 30 dias, contando a partir do último dia 23.

Para o secretário de Transportes de Diadema, Ricardo Perez, a EMTU apresentará ao Ministério Público os mesmos dados que a Prefeitura reivindica. Na avaliação de Perez, a reunião foi positiva para entender os motivos do governo do Estado querer cobrar pela baldeação. Entretanto, criticou a falta de dados para comprovar a necessidade para iniciar a cobrança.

“Até agora estes dados não foram entregues para a Prefeitura. Vamos ver quanto serão dados ao Ministério Público. Mas o encontro foi importante para mostrar a preocupação do MP em repassar este custo à população”, avaliou.

Entenda o caso – Desde outubro do ano passado, quando o governo do Estado anunciou que não pretendia renovar o contrato com a Prefeitura, o prefeito Mário Reali (PT) tem mantido o diálogo com os secretários estaduais, Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Edson Aparecido (Desenvolvimento Metropolitano) para tentar negociar a continuidade do serviço gratuito.

Em fevereiro, os secretários estaduais anunciaram que a integração gratuita estaria garantida apenas até o dia 27 daquele mês. A partir daquele dia, daria início a cobrança de R$ 1.

Inicialmente, seria cobrada R$ 1 a ida e R$ 1 a volta, mas neste último encontro a Prefeitura abriu não da cobrança de R$ 1 a volta, quando o usuário usaria os ônibus municipais, gerenciados por duas concessionárias. A EMTU, inclusive, já instalou as catracas para a cobrança.

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