DIABETES ESTÁ ENTRE AS CINCO PRINCIPAIS DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DO MUNDO

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 De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2030, a previsão é de que mais de 360 milhões de pessoas no mundo tenha adquirido diabetes. Atualmente, a doença atinge mais de 340 milhões de pessoas e só no Brasil há um contingente estimado em 13,5 milhões de portadores da doença.

 Ainda não há previsão de cura, porém, com o controle adequado, o diabético pode viver bem por muito tempo. Segundo a endocrinologista, Letícia Figueiredo Vilela, do Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama (HMCG), em Santo André, o aumento dos casos da doença, um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, acontece devido ao crescimento populacional, maior urbanização e longevidade das pessoas, crescente aumento do sedentarismo e do consumo de gorduras saturadas, o que predispõe a obesidade.

Segundo a especialista, a doença gera o aumento da concentração de glicose no sangue e pode ser classificada em dois tipos principais, como diabetes tipos 1 e 2. O diabetes tipo 1, doença autoimune, é causado pela destruição das células pancreáticas, o que leva a deficiência absoluta de insulina. Ele está presente em 5 a 10 % da população, sendo a maioria crianças e adolescentes. O avanço da doença é rápido e necessita de tratamento com insulina para o controle do nível de açúcar no sangue. Os sintomas clássicos como emagrecimento, fome, sede e urina em excesso estão presentes em todos os casos.

Já no diabetes tipo 2, presente em 85% a 90 % dos casos, há defeitos na ação e secreção da insulina devido a fatores genéticos e ambientais. Na maioria dos casos, o paciente tem mais de 40 anos e apresenta sobrepeso ou obesidade. O diagnóstico, muitas vezes, é feito em exames de rotina, pois o paciente apresenta pouco ou nenhum sintoma. Existe também o diabetes gestacional, observado em 1 a 18% das grávidas. Trata-se de qualquer intolerância à glicose com diagnóstico no início ou durante a gestação, podendo ou não persistir após o parto. Outros tipos específicos de diabetes são formas raras associadas a outras doenças como as pancreatites, síndromes raras, hipertireodismo, induzido pelo uso de certos medicamentos, infecções, entre outros, acrescenta especialista.

O tratamento do diabetes tem como objetivo reduzir os níveis de açúcar no sangue. Para isso, além do tratamento com medicamentos, são necessárias mudanças no estilo de vida, adotando a prática de exercícios físicos e a orientação nutricional para uma alimentação balanceada e saudável. Muitas vezes, indica-se um suporte psicológico, já que diabéticos do tipo 1, principalmente os jovens, têm dificuldade de aceitação da doença, e os diabéticos tipo 2 apresentam dificuldade em perder peso e até mesmo, transtornos alimentares em alguns casos.

Desta forma, o diabetes é uma doença grave e progressiva. Segundo a OMS, o problema está entre as cinco principais doenças não transmissíveis (DNS) no mundo, sendo que as chamadas DNS correspondem a 63% das causas de morte no planeta. Além disso, a doença, se não controlada, pode gerar várias consequências como cegueira irreversível, doença crônica renal, amputações de membros, doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral, de acordo com dados do Sistema de Saúde (SUS).

 A endocrinologista explica que todas as células do paciente diabético estão expostas a níveis elevados de glicose. No entanto, alguns tipos de células, como as dos rins, cérebro, retina, coração, vasos e nervos, não conseguem se adaptar a essa hiperglicemia crônica, levando a danos e até mesmo perda de suas funções. 

Serviço: O Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama está localizado na Avenida Dr. Erasmo, 18, na Vila Assunção, em Santo André. Informações pelo telefone (11) 4993-3700.

 

 

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