A Lei da Aprendizagem (10.097/2000) determina que empresas de médio e grande porte reservem de 5% a 15% de suas vagas para aprendizes entre 14 e 24 anos nas funções que demandem formação técnico-profissional. No entanto, pensando além desta obrigatoriedade, há algumas organizações que veem na aprendizagem a oportunidade de desenvolver talentos.
Para isso, muitas companhias têm reestruturado as ações voltadas para aprendizes. Caso da Allianz Worldwide Partners (AWP) Brasil. Para aumentar o grau de efetivação dos jovens colaboradores, ela passou a investir em uma série de treinamentos mensais, onde são abordados temas como autoconhecimento, plano de carreira, comunicação, postura, planejamento e relacionamento interpessoal, entre outros tópicos. “Queremos prepará-los para novos desafios e capacitá-los para uma carreira de sucesso, dentro ou fora da empresa”, diz a diretora de RH da AWP, Luciana Montuanelli.
Esse propósito da empresa foi bem entendido por Aristóteles Alyfer Matias da Silva, 18 anos. Recrutado por meio de uma parceria com o Centro de Aprendizagem e Capacitação Profissional – CAMP de São Bernardo do Campo (onde recebeu a formação teórica) em abril do ano passado, hoje ele carrega a responsabilidade de ser um dos líderes da equipe de aprendizagem. “O êxito é fruto de muita dedicação, vontade de aprender e buscar o aperfeiçoamento constante”, diz ele que, antes mesmo de participar do processo seletivo, pesquisou bastante sobre a cultura da Allianz. “Acho que foi um passo importante para estar à frente dos demais candidatos”, completa.
Planos
Por meio da aprendizagem, Alyfer, que atua na assistência 24 horas ao segmento automotivo, também descobriu ter afinidade com o setor de Comunicação e já faz planos futuros. “Quero fazer m intercâmbio na Austrália para aperfeiçoar o idioma Inglês e voltar ao Brasil mais preparado para enfrentar o mercado de trabalho”, afirma.
Planos também rondam a cabeça de Stefani da Silva Sampaio. Aos 19 anos, a jovem está cursando o segundo semestre da Faculdade de Administração e quer se especializar na área de Finanças. Para ela, esse direcionamento de carreira só foi possível por ter atuado como aprendiz no programa desenvolvido no Colégio Salesiano Santa Terezinha, onde já sabe que será efetivada no setor administrativo, assim que terminar o seu contrato em março deste ano.