Trabalhadores de TI iniciam negociação salarial

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Patronal oferece 6,5% de reajuste; negociação será retomada na próxima sexta-feira (16)

A primeira rodada da negociação salarial de 2015 dos trabalhadores de Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo teve início nesta terça-feira (13) com proposta de reajuste salarial de 6,5% por parte do Seprosp (Sindicato das Empresas de Processamento de Dados), índice inferior ao proposto pelo Sindpd, que após a rodada de hoje ficou em 9,5% de aumento linear e 10,5% nos pisos. Reivindicações como o aumento do vale-refeição e a ampliação da Participação nos Lucros e/ou Resultados foram rejeitadas pelo patronal.

“O Sindpd está disposto a fechar um acordo, mas, para isso, o sindicato patronal precisa avançar muito em sua proposta, para que os ganhos que o setor de TI obteve em 2014 sejam repassados aos trabalhadores, efetivamente nas principais bandeiras que o sindicato aponta, que é a perenização de direitos como VR e PLR para todos, e aumento real”, afirma o presidente do Sindpd, Antonio Neto.

Em 2014, a resistência do sindicato patronal levou os trabalhadores ao movimento paredista, que acarretou no dissídio coletivo de greve. Diferentemente dos outros anos, a proposta inicial apresentada pelo Seprosp já supera, mesmo que timidamente, a inflação. Tentando buscar um acordo, o Sindpd fez contrapropostas e não abre mão de direitos como VR de R$18 e PLR para toda a categoria, além da ampliação patronal no custo da assistência médica. O objetivo é alcançar a consolidação dos direitos dos profissionais de TI do estado de São Paulo.

Diante de alguns questionamentos dos empresários, Antonio Neto lembrou que o setor de TI tem mantido crescimento constante nos últimos anos. “Nosso setor tem crescido consideravelmente. Com crise ou sem crise, TI cresce. Na expansão, somos responsáveis pela ampliação dos negócios. Na retração, somos responsáveis pela dinamização e redução de custo no negócio. Ou seja, crescendo ou não, TI amplia a sua base de expansão em maior ou menor grau. Não tivemos e não teremos nos próximos anos qualquer perspectiva de queda”. Disse. “O Sindicato quer que o patronal analise as propostas dos trabalhadores e não que discuta a suposta instabilidade econômica das empresas”, completou.

A segunda rodada de negociação foi marcada para sexta-feira (16/1), às 14h30.

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