Encerrada nesta sexta-feira (23), reunião também definiu PLR e VR para todos, fato que demarca conquista histórica na consolidação dos direitos da categoria
A campanha salarial dos trabalhadores de Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo terminou, nesta sexta-feira (23), com conquistas histórica para a categoria: foram estabelecidos o pagamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) e vale-refeição (VR) para todos, além do reajuste do índice em 7% e do piso salarial em 7,8%.
Ficou estabelecido VR no valor mínimo de R$ 15 para empresas com mais de 20 funcionários, para jornada de 8 horas. No entanto, conforme definido na mesa de negociação, após 6 meses da assinatura do acordo, as empresas que têm acima de dez trabalhadores deverão oferecer vale-refeição, e, a partir de 1 º de janeiro de 2016, as companhias estenderão o benefício para toda a categoria. Já o pagamento da PLR não se limitará à quantidade de trabalhadores, devendo ser realizado por todas as empresas, independentemente do quadro de funcionários.
O acordo, que foi fechado na terceira rodada – diferentemente de 2014, quando houve a necessidade da paralisação da categoria -, foi considerado muito positivo pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do estado de São Paulo (Sindpd), Antonio Neto. “Foi um ano difícil. Esta Convenção é resultado e reflexo direto da mobilização que os trabalhadores fizeram em 2014, demonstrando disposição no lançamento da Campanha Salarial, nas assembleias, na integração com o Sindicato. Consideramos uma importante e significativa vitória dos trabalhadores de TI. Quebramos mais um paradigma importante que vinha gerando distorções para os trabalhadores”, afirmou.
O encontro entre os representantes do Sindpd e do Sindicato das Empresas de Processamento de Dados e Serviços de Informática do Estado de São Paulo (Seprosp) gerou uma série de contrapropostas até que fosse aprovada a atual redação. A proposta inicial do patronal era de aumento de 6,5%, sem galgar maiores avanços nas demais cláusulas do documento apresentado pelo Sindpd. De acordo com o patronal, as empresas estariam impossibilitadas de negociar um valor superior em razão da instabilidade econômica do País.
“Está se espraiando um clima econômico negativo na sociedade, mas consideramos que esta CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) é positiva para ambos os lados, e, especialmente para os trabalhadores de TI. A Convenção foi fechada pelo conjunto dos benefícios acordados, ela vem para estabelecer novos direitos e garantir questões fundamentais como PLR e VR”, avaliou Neto.
“Existem cerca de 7,5 mil empresas de TI no Estado de São Paulo. Nós temos patamares superiores com centenas de empresas, especialmente no VR e PLR. Esta Convenção estabelece um patamar inicial e vamos seguir a nossa luta para avançar mais. O importante é que conseguimos atender o principal anseio da categoria, que era perenizar os principais benefícios”, disse Neto.