A única forma de evitar a doença é controlar os criadouros do mosquito Aedes Aegypti
– O que é zika vírus?
É um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a febre chikungunya. Na pessoa contaminada, o zika vírus provoca uma infecção que pode manifestar-se por meio de sintomas como: febre geralmente baixa, manchas vermelhas no corpo, coceira e, em alguns casos, vermelhidão nos olhos.
– Como a doença pode ser prevenida/evitada?
A única forma de evitar a doença é controlar os criadouros do mosquito. Por isso é tão importante adotar medidas que evitem a criação e proliferação dos mosquitos. Também é possível adotar medidas de proteção individual, como o uso de repelentes, porém, o ideal é que todos fiquemos atentos para eliminar os criadouros.
– Qual a relação do zika vírus com a microcefalia?
Pesquisas têm demonstrado que o zika vírus tem relação com os casos de microcefalia, que é o déficit do crescimento do cérebro do feto durante a gestação. As primeiras evidências da ligação entre o zika vírus e casos de microcefalia surgiram após o aumento repentino no número de bebês nascidos com a má formação no Estado de Pernambuco. Em 17 de novembro, exames encontraram indícios do vírus no líquido amniótico de duas mulheres que tiveram seus bebês diagnosticados com microcefalia.
– O que as mulheres gestantes devem fazer neste momento?
Não há, até o momento, transmissão de doença por zika vírus em São Bernardo. Mas como o mosquito transmissor é o mesmo da dengue, devem ser adotadas todas as medidas que reduzam a presença do mosquito e permitam a eliminação dos seus criadouros.
As mulheres gestantes devem seguir rigorosamente o seu pré-natal, comparecendo às consultas e realizando todos os exames prescritos. Atenção: não há necessidade ampliar o número de consultas ou de fazer mais exames. É importante também que as gestantes não usem medicamentos não prescritos pelos profissionais de saúde e que informem aos profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação.
Durante a gestação, é recomendável proteger-se das picadas de insetos, com as seguintes providências:
• Evitar horários com maior presença de mosquitos;
• Utilizar roupas que protejam partes expostas do corpo (braços, pernas, pés);
• Utilizar barreiras para a entrada de insetos em casa, como telas de proteção e mosquiteiros;
• Uso de repelentes, de acordo com orientação médica;
• Avaliar risco / benefício de deslocamentos para estados onde estejam ocorrendo casos de zika vírus.
PARA SABER MAIS
– O que é a microcefalia?
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Pode ser causada por diversas situações: ingestão de medicamentos contraindicados na gravidez, radiação, vírus, bactérias e exposição a substâncias tóxicas com efeito no feto (drogas ilícitas, álcool, inseticidas, tabagismo, etc).
– A microcefalia pode levar a óbito ou deixar sequelas?
Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.
– Como é feito o diagnóstico?
Após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas. Por isso, é importante que todos os casos sejam informados à Vigilância Epidemiológica do município.
Dúvidas e esclarecimentos: Vigilância Epidemiológica Tel.: 4128-7801