Há quem pense que todas as cervejas são iguais. Entretanto, os amantes da bebida sabem que há uma infinidade de rótulos, sabores e métodos de produção. Tudo isso influencia em diversos fatores, do amargor à coloração e textura. Até no armazenamento elas merecem um local especial: a cervejeira, encontrada aqui. Cada um desses detalhes é muito importante tanto para conhecer melhor cada tipo quanto para saber com quais pratos eles combinam. Para quem deseja entender mais e conseguir captar cada uma dessas características, há diferentes cursos e até mesmo formações que se aprofundam na produção e no conhecimento de cada tipo de cerveja. Entretanto, não é preciso ser um expert para entender mais sobre os tipos principais. Confira aqui alguns deles:
Ale
A especificação técnica diz que as cervejas do tipo Ale passam por um processo de alta fermentação. Isso quer dizer que elas são fermentadas em temperaturas mais elevadas, por volta de 20ºC. Os fermentos ficam também suspensos nos tonéis, dando a nomenclatura de “alta” para o seu processo e garantindo o sabor dessa cerveja. O processo é antigo e esse tipo de bebida surgiu antes das Lagers, que só foram criadas em meados do século XIV. Ou seja, elas marcaram presença durante toda a história, e são a referência de cerveja bebida na época.
O sabor é mais complexo e frutado, o que faz com que muita gente estranhe na hora de experimentá-las. No Brasil, as mais comuns são Pilsens, ou seja, fazem parte do gênero Lager. O gosto é mais maltado e lupulado, o que é perceptível ao primeiro gole. Eles resultam em uma cerveja mais encorpada e vigorosa, que difere do sabor leve de vários rótulos nacionais.
Lager
Essas são as mais comuns no Brasil. As principais marcas de cerveja disponíveis no mercado fabricam através desse processo. Elas são também as cervejas mais consumidas em todo o mundo, e no Brasil dominam mais de 90% de todo o mercado. Sua origem remonta à Europa Central no século XIV. Ao contrário da Ale, elas passam por um processo de baixa fermentação. As temperaturas giram em torno de 6ºC e 12ºC, resultando em uma graduação alcoólica de 4% a 5%. O termo Pilsen vem da cidade de mesmo nome, na Boêmia.
O sabor é bem diferente das Ales, elas são mais secas e com uma predominância de malte. O lúpulo também tem forte presença na hora de dar os goles, e os aromas são provenientes da levedura. Por isso, ao saborear uma das cervejas brasileiras, tenha em mente que o aroma tem origem nesse ingrediente. Elas são mais leves e possuem pouco corpo e amargor. Isso faz com que sejam mais refrescantes e possam ser bebidas em quaisquer ocasiões. É a cerveja que combina com o verão, diferente das alemãs, que são mais encorpadas e pesadas.
Lambics
Menos conhecidas, as Lambics entram em classificações diferentes dependendo da marca e do especialista em cerveja. Ela é preparada por um processo de fermentação diferente, que ocorre espontaneamente. Seus ingredientes incluem o trigo e a levedura, que é adicionada posteriormente. A fermentação é feita através de agentes naturais específicos que são encontrados apenas em uma região de Bruxelas, e que garantem o sabor distinto e todo o processo.
Isso gera também uma produção em pequena escala e um valor elevado em cada garrafa. Bebê-las é uma verdadeira experiência para quem aprecia a cerveja e deseja tentar algo novo. Os aromas podem incluir a framboesa, cereja ou banana, e até mesmo vinho branco e vinagre. Provar é uma obrigação para quem deseja entender mais sobre a história das cervejas, já que ela é a mãe de todas elas: acredita-se que esse tipo seja o mais antigo feito em todo o mundo.
Chope
Por fim, queridinho de muitos brasileiros, o chope é considerado por muita gente uma variação das cervejas. Entretanto, ele é apenas uma palavra que designa o modo de beber a bebida. A palavra vem do alemão e significa basicamente a caneca de quase meio litro, usada no país para apreciar os diferentes rótulos. Ela é uma cerveja não pasteurizada, ou seja, que não passa pelo processo de engarrafamento industrial. O chope recebe também variações, dependendo do local, da marca e do fabricante. Por não ser pasteurizada, ela tem validade menor e chega apenas a 10 dias nos barris e, quando aberta, deve ser consumida até o dia seguinte.