Qual a melhor forma de estudar para concursos&#63

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Essa é uma pergunta bastante pertinente que costuma aterrorizar as mentes e retirar o foco dos concursandos e das concursandas

 

1) Metodologia de estudos x Técnica de estudos

Uma primeira etapa, a qual gosto muito de destacar, é diferenciar metodologia de técnica de estudos. A primeira, desde que bem elaborada, é universal, ou seja, serve a todo mundo. A outra, que chamamos de técnica, é individual, pode servir a uns, mas não a outros.

Como escolher/desenvolver uma boa metodologia de estudos? Bom, a resposta passa pelo tripé do sucesso em concursos públicos:

  • 1 Estudo da teoria: obviamente que conhecer o conteúdo é um passo importante para iniciar a caminhada. O problema é quando nos concentramos apenas nisso. Uma boa metodologia fará você seguir em frente sem a obsessão de conhecer cada detalhe do conteúdo como se fosse dar aulas sobre o assunto. Lembre-se: estamos estudando para matar questões, e não para sermos doutores.
  • 2 Resolução de questões: a resolução de exercícios é fundamental para que possamos sedimentar o conhecimento e entender como os tópicos são cobrados em prova. A metodologia deve, então, equilibrar teoria e resolução de questões desde o primeiro ciclo de estudos.
  • 3 Revisão: o processo de revisão deve ser constante e fazer parte da metodologia, não pode ocorrer de qualquer forma. Explicando melhor, não podemos escolher a nosso bel-prazer o momento de revisar. Isso deve estar predefinido no planejamento inicial.

Portanto, desde que seu método de estudos englobe, de forma organizada, os três pilares descritos acima, siga firme nele. Por outro lado, a escolha das técnicas de estudos passa por alguns testes que devem ser feitos. Falaremos disso mais à frente.

2) A Metodologia PECA

Aqui no Gran desenvolvemos uma metodologia baseada no ciclo PDCA de gestão, a qual denominamos PECA.

2.1 Planejamento: o planejamento consiste em assimilar uma forma de organizar os estudos de modo que se possa saber o que estudar e quando estudar. Mais ainda, indicar, objetivamente, quanto tempo será necessário para avançar em todo o material. A cada semana, será possível verificar o quanto caminhou e quanto falta andar até atingir sua meta final. Isso, por si só, é fator motivacional poderoso a nos manter firmes na caminhada.

2.2 Execução: a execução passa por cumprir as tarefas planejadas a cada ciclo de estudos e realizar revisões. E vamos falar de revisões!!!

Na nossa metodologia, revisões são feitas por intermédio de exercícios e anotações. Dividem-se em duas: minirrevisões e revisaços.

As minirrevisões são realizadas com implementação de exercícios em cada ciclo de estudos. Sendo assim, ao fim da teoria naquele ciclo, deve-se resolver uma bateria de questões sobre os tópicos vistos. Sempre que errar uma questão, separe-a para que possamos reutilizá-la no futuro (no revisaço).

Os revisaços devem ocorrer a cada 4 ciclos de estudos. Consistem em refazer as questões erradas durante os ciclos anteriores, aprofundando nos tópicos para sedimentar o conhecimento e evitar cometimento dos mesmos erros. Além disso, são feitas as revisões pelas anotações realizadas.

2.3 Controle: a ferramenta de controle se fundamenta no conceito “um dia de cada vez”. Se pensarmos em tudo que há para caminhar, nos desmotivamos, é muita coisa pela frente. Mas, se, por outro lado, olharmos para nossa meta do dia, veremos que é possível vencê-la, nos comprometeremos com ela.

Para tanto, utiliza-se o “diário do aluno”, que deve ser preenchido no início do dia com as seguintes informações:

Como está minha motivação hoje?

E o meu comprometimento?

O que vou fazer hoje?

Ao fim do dia, deve-se preencher o diário e informar:

Cumpri minha meta hoje?

Quais problemas encontrei para cumprir a meta?

Quais soluções devo encontrar para que isso não ocorra mais?

Ah! Acho um saco ter que ficar fazendo isso todo dia…

Certo! Façamos outro combinado então. No domingo, antes de começar a semana de estudos, programe cada dia para realizar as tarefas de forma segmentada. Ao fim da semana, avalie seu rendimento e verifique se tudo que foi programado se realizou. Pronto! Melhor, né? =)

2.4 Avaliação: por último, deve-se avaliar se os estudos estão tendo resultados. Fazemos isso por intermédio de simulados e controlando os resultados das resoluções de questões a cada ciclo de estudos. Se houver uma queda de rendimento ou estagnação (na análise histórica, e não apenas pontual), é hora de repensar o curso.

3) Técnicas de estudos

Se a metodologia indica a forma como será executado o tripé da aprovação (teoria, questões e revisão), as técnicas de estudos instrumentalizam o processo e devem ser escolhidas de acordo com seu perfil.

Há algumas boas técnicas que podem ser testadas:

3.1 Mapas mentais: os mapas mentais consistem em uma forma visual de revisão na qual os principais tópicos de um conteúdo ramificam a árvore cujo centro fica destacado.

3.2 Fichamentos e resumos: os resumos, muito utilizados, dispensam maiores explicações. Neles passamos para o papel uma compilação das ideias trazidas nas videoaulas ou no material escrito. Já os fichamentos podem ser entendidos como resumos organizados por fichas. Pegue um pedaço de papel, dê um título ao conteúdo e faça o resumo.

3.3 Mnemônicos: técnica para gravar pequenas informações. Por meio de frases ou palavras, fazemos associações com aquilo que necessitamos decorar. Por exemplo, RICCI: perda/suspensão de direitos políticos – art. 16 da CF/88:

Recusa a cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa;

Improbidade administrativa;

Cancelamento da naturalização;

Condenação criminal;

Incapacidade civil absoluta.

3.4 Falar com o espelho: não, não é bater um papo com o espelho tipo a bruxa da Branca de Neve. É verbalizar o que foi estudado, apresentar como se estivesse dando uma aula.

3.5 Gravar áudios: leia as aulas e grave os áudios para ouvir em momentos que não consegue ler o PDF ou assistir a uma videoaula.

3.6 Fazer vídeos: faça vídeos, pequenos, ensinando o conteúdo. Além de ser uma ótima forma de aprender, podem servir de fonte de renda se os disponibilizar nas redes sociais.

3.7 Interrogação elaborativa: converse com o conteúdo, questione o que está lendo/vendo/ouvindo. Pense que está se preparando para uma palestra sobre o tema e imagine o que as pessoas poderiam perguntar sobre isso.

Enfim, há muitas técnicas de estudos. O importante, na hora de fazer sua escolha, é verificar se a técnica é exequível, ou seja, se o tempo para aprender o conteúdo está dentro do previsto na metodologia.

4) Qual a melhor forma de estudar?

 Essa é a pergunta de um milhão de dólares, mas de fácil resposta: é a sua!

Desde que tenha uma metodologia bem definida, pautada no tripé do sucesso, as técnicas de estudos devem ser estudadas e escolhidas à medida que produzirem resultados efetivos. Não se guie pela técnica da moda, mas sim por aquela que foi testada e aprovada por quem mais interessa: você!!!

Ah! E, se precisar, estamos aqui para te ajudar; me procure no insta: @profe.rodrigosilva.

Rodrigo Silva é coordenador científico do Gran Coaching

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