Setor teve crescimento de 15% em algumas regiões do país em 2017
O Brasil viu a sua remessa de flores para o exterior diminuir drasticamente no último ano. Em 2017, as exportações somaram um montante de US$ 12,7 milhões, menor volume em quase duas décadas – em 2008, esse número era de US$ 36 milhões. Se engana, no entanto, quem pensa que o setor está em baixa. O mercado interno tem resultados invejados por vários outros setores da economia.
O consumo de flores teve crescimento de 15% em algumas regiões do país no ano passado, como o estado de São Paulo. A média nacional foi de 8%. As importações, por sua vez, atingiram US$ 40,5 milhões, um número que mostra o Brasil como um importante comprador de flores.
A cidade de Holambra, no interior de São Paulo, é o maior polo produtor de flores do país, correspondendo à metade do que é produzido e comercializado no Brasil. São cerca de 8 mil produtores de flores e plantas e 350 espécies cultivadas de 3 mil variedades no país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor).
A previsão do instituto é que o ano de 2018 tenha um resultado financeiro ainda melhor do que os anos anteriores. O gasto anual dos paulistas com flores é de R$ 50, enquanto a média nacional fica em R$ 35.
O setor também garante muitos empregos formais em toda a cadeia de produção e distribuição de flores no país. São, no total, 199.100 empregos, sendo a maioria relativos ao varejo (105.500), 78.700 à produção, 8.400 à distribuição e 6.500 a outras funções.
Alcachofra movimenta região de Sorocaba
A alcachofra, flor comestível de destaque na gastronomia local, tem movimentado a economia da região metropolitana de Sorocaba. São Roque, Piedade e Ibiúna são os principais municípios produtores do estado e até do país, e abastecem as principais floriculturas de Sorocaba.
A Secretaria de Agricultura de São Roque já considera o cultivo de alcachofra tão importante quanto o plantio de uvas e a produção de vinhos na cidade. Com toda essa demanda interna, os produtores estimam aumentar a produção em 2018. A flor já ocupa uma área de 30 hectares no município. O número de produtores chega a 10, sendo seis antigos agricultores e quatro no início do cultivo.