Por uma cidade mais poética, casal espalha poesias pela cidade.

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Se a cidade pudesse conversar com você, quais palavras que ela diria? Se os olhares pudessem ver a cidade para além do cimento, carros e milhares de pessoas indo e voltando dos seus trabalhos, quais histórias seriam resgatadas?

É tentando responder a estas perguntas que Carolina Sab e Thiago Domingues criaram o projeto Comum A2.

Nascidos em São Bernardo do Campo-SP, em um tempo onde as ruas do centro ainda tinham pés de mamona e goiaba, o objetivo maior do casal de namorados está no convite à ressignificação do espaço urbano, na transformação do real pela arte e em relações mais criativas. A rua não é só lugar de carro, a poesia transcende as margens do livro.

Para facilitar a circulação das ideias, o casal adotou o lambe-lambe como maneira de conferir identidade ao projeto, colando poemas e frases autorais em muros e postes, para depois postar nas redes sociais.

Através dos registros fotógraficos do projeto, Carolina dialoga com as imagens resgatando a beleza do cotidiano, das peculiaridades, das minimalezas (como diria a sabedoria de Manuel de Barros). Psicólogo clínico, Thiago acredita na arte enquanto possibilidade de transformação individual e social, no empenho em resgatar a potência do imaginário e a superação do cotidiano, cantado por Chico Buarque, que nos distancia cada vez mais de nós mesmos, do sonho, das utopias e das belezas.

Além das intervenções urbanas com os lambe-lambes, o Comum A2 também desenvolve edições artesanais de livros de poesia. Já são três títulos até o momento, com os poemas do Thiago. O mais recente é o livro “Instrução para dias distantes” que foi lançado na FLIPOÇOS (Feira Literária de Poços de Caldas) e o anterior, “7 poemas para amolecer pedras”, lançado na Feira Literária de São Bernardo do Campo ( FELISB). A opção pelo artesanal está na possibilidade de um novo suporte para a poesia, onde a voz viva das mãos que criam os livros dialoguem o mais amorosamente possível com os olhos de quem lê , convidando para a suspensão do tempo e a incorporação de uma poesia feita a mão, menos industrial e impessoal possível.

Você pode conhecer mais sobre os trabalhos do casal pelas redes sociais: Instagram.com/comum_a2 ou facebook.com/comuma2

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