Centrais de reciclagem da cidade conseguem reaproveitar materiais que, muitas vezes, são desperdiçados pelos moradores, como caixas de pizza, recipientes de margarina, potes de maionese, mesmo sujos |
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No mês de junho São Bernardo completou dois anos de implantação do serviço de coleta seletiva porta a porta. Nesse período, contabiliza cerca de 5,2 mil toneladas de materiais já encaminhados para reciclagem. Por mês, são recolhidas 900 toneladas de materiais – entre papel, plástico, vidro, metal e madeira -, ou cerca de 4,2% de tudo que é descartado pela população. O objetivo da Administração é chegar a 10% até o fim de 2016. O serviço está presente em todos os bairros do município. Mas o que muita gente desconhece é que muito do que é descartado e não enviado para reciclagem por equívoco, pode ser separado e reaproveitado. Grande parte da população ainda tem dúvidas quanto a quais materiais podem ser reciclados. Embalagens de óleo, caixas de pizza, recipientes de margarina, potes de maionese, embalagens de extrato de tomate, de iogurte, de requeijão, entre outros, são alguns dos materiais que podem ser reciclados e, muitas vezes, não são separados para esse fim. Reginaldo dos Santos, coordenador da Cooperativa Raio de Luz, uma das que recebe os materiais descartados, reforça a necessidade da população se informar sobre o que pode ou não ser separado. “Hoje em dia quase tudo é reaproveitável. O problema é que as pessoas têm muitas dúvidas. Tenho certeza que vários resíduos são desperdiçados indevidamente quando, na verdade, podem ser separados para a coleta seletiva. Não interessa se está sujo ou engordurado, aqui aproveitamos tudo.” Também podem ser separados para a coleta seletiva porta a porta papéis, papelões, jornais, revistas, cadernos, folhas soltas, caixas e embalagens em geral, incluindo longa vida, garrafas, copos, potes, sacolas, garrafas PET, latinhas de alumínio, latas e outros metais e vidros – estes últimos devem estar separados dos outros materiais e embalados de forma segura. Devem ser colocados no lixo comum os restos de comida, cascas de frutas e de legumes, fotografias, fitas crepe, etiquetas adesivas, sujeira das vassouras, de cinzeiros, de animais e chicletes. “A população tem papel fundamental nesse processo. É muito simples: basta separar o lixo seco do molhado em duas sacolas diferentes”, afirma o secretário de Serviços Urbanos de São Bernardo, Tarcísio Secoli. Central de Triagem – A Prefeitura também investiu na construção de duas novas centrais de triagem no Bairro Cooperativa. O objetivo é conseguir processar o crescente volume de materiais recicláveis que a cidade recolhe e dar melhores condições de trabalho para os catadores. A primeira central foi entregue em fevereiro de 2014, com capacidade para processar cerca de 25 toneladas por dia. Já a segunda foi entregue em dezembro do mesmo ano e tem capacidade para 100 toneladas diárias. |