Operações em factoring de Ricardo Novis bancou propinas para deputados

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O ex-deputado estadual José Riva afirmou que o empresário Ricardo Novis Neves, dono da factoring Borbon Fomento Mercantil, teria realizado empréstimos para pagamentos de parlamentares a pedido do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Sérgio Ricardo, atualmente conselheiro afastado do TCE-MT.

Os empréstimos, segundo Riva, somaram R$ 2,8 milhões e teriam sido feitos para pagar propinas a quatro ex-parlamentares: João Malheiros, Luciane Bezerra, Adalto de Freitas e Mauro Savi.

A informação consta em documento com suposto aditamento encaminhado à procuradora de Justiça Ana Cristina Bardusco, chefe do Gaeco, no dia 27 de março deste ano. O documento, sigiloso, vazou para imprensa nesta semana.

Segundo Riva, o maior montante teria sido recebido pela deputada Luciane Bezerra, no total de  R$ 816 mil em junho de 2012, conforme planilha apreendida em uma das operações da Polícia Federal.

Trecho em que o empresário é citado:

 
Riva afirma que um mês após mais R$ 58,8 mil foram entregues à parlamentar a título de propina. Ele ainda revela que Jõao Malheiros teria recebido o montante de R$ 755,3 mil, entre fevereiro de 2011 e maio de 2013.

Do montante, R$ 12,3 mil teriam sido entregues ao filho de Malheiros, o vereador e ex-presidente da Câmara de Cuiabá Justino Malheiros.

Ao deputado Adalto de Freitas, segundo Riva, foi paga a propina R$ 325,8 mil, em outubro de 2011. Este também a pedido de Sergio Ricardo de Almeida.

Ao parlamentar Mauro Savi, Riva enumera seis eventuais operações, entre fevereiro de 2011 e março de 2013, que totalizariam o valor de R$ 887,4 mil realizadas pelo empresário. A maior delas foi em dezembro de 2012, no valor R$ 521,1 mil.

Na tentativa de colaboração, Riva cita um caderno com anotações referentes a dívidas da Assembleia com o empresário Ricardo Novis Neves.

Nela, as anotações foram feitas à caneta, e há o montante de R$ 2.145.000,00 de recursos à serem pagos ao empresário. “Porém não significa que tenham sido integralmente pagos”, consta. 

Outro lado

A reportagem falou com o empresário Ricardo Novis Neves por celular. Ele disse que está em viagem e não quis se pronunciar. Pediu que seu advogado fosse procurado.

As três chamadas feitas ao celular do advogado não foram atendidas, nem retornadas.

Outro trecho com citação do empresário:

 

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