O LUTO E O DESEMPREGO

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Amigos navegando pelo facebook encontrei este texto de autoria de Ângela W.Lima.

vale a pena ler e compartilhar.
 

Além do impacto da notícia retiram imediatamente o seu notebook, pedem o smartphone e cancelam sua conta de e-mail, ainda atordoado você passa no departamento de recursos humanos e logo volta para casa com o sentimento de quem foi traído, um filme passa pela sua cabeça, a sensação e a dor da traição sequestram seus pensamentos, você ainda não sabe, mas está psicologicamente de luto, afinal uma parte da sua história está morrendo e você não tem o controle da situação!

Na primeira semana você passa pela fase da “negação”, ainda incapaz de acreditar que sua rotina mudou, vai acordar no horário de sempre e vai sentir o vazio do dia a dia. Ainda não é o momento de tomar decisões com lucidez, mas você vai começar a pensar no futuro imediato, afinal as contas chegarão no início do próximo mês, a sensação é de como se estivesse amarrado, inerte.

Na segunda fase do luto surge a raiva, ela geralmente surge depois da negação como uma reação, você se agita, se reveste como se fosse para a guerra, só que agora a guerra é interior, começa a pensar em todos os que já sabiam que você seria demitido e não te contaram, tenta ligar para amigos da empresa e eles não te atendem, muito conflitos surgem na sua cabeça e a crise interior te agita internamente, mas paralisa externamente, um paradoxo sem fim, impossível tomar decisões assertivas neste período, o melhor é você dar um tempo para seus sentimentos estabilizarem antes de iniciar um plano de recolocação.

A terceira fase é quando começa a “auto negociação”, seu cérebro começa a avaliar a situação e pensa em como traçar estratégias para a recolocação, nesta fase o importante é desenvolver e amadurecer sua inteligência emocional, procure ajuda, seja com uma psicóloga, um coaching, um orientador de carreira, amigos do seu networking, procure ajuda pois sozinho será muito difícil reencontrar seu caminho, o importante é analisar a situação e traçar metas, estratégias rumo ao objetivo de se recolocar novamente.

A quarta fase é a “depressão”, ela surge após a euforia da fase anterior, quando após ter investido tempo na busca pela recolocação você percebe que não será tão fácil, começa a sentir uma dorzinha no peito e ela vai aumentando, angustia e ansiedade se misturam, afinal na nossa cultura o ser humano adulto para ter valor precisa estar empregado. E esta falsa crença vai te perseguir todas as vezes que olhar no espelho, nesta fase você toma consciência que todos aqueles amigos já não são mais tão amigos assim e com eles se perderam seus sonhos e projetos. Mas é hora de reagir com a última fase deste ciclo, que é a “”aceitação! É hora de fazer um acordo consigo, de olhar sim no espelho e explicar para a pessoa que você do outro lado que ficar desempregado acontece com todo mundo pelo menos uma vez na vida, e que ninguém fica assim para sempre, é só uma fase!

Reaja, aceite o ocorrido, faça uma auto análise, perceba seus pontos de melhorias e se prepare para a nova fase de prosperidade que logo chegará!

Perceba o que o Mercado está precisando e se prepare, veja quais são as tendências, recicle-se, afinal sorte é estar preparado para quando a oportunidade aparece!

Hora de pontuar todo seu capital intelectual, de repaginar sua aparência e principalmente hora de se valorizar como ser humano e como profissional, afinal em algum lugar tem uma porta com uma vaga de emprego te esperando, mas você terá que caminhar estes passos, encontrar um meio de abrir esta porta e de novamente reconstruir sua carreira, eu sei que você consegue, eu confio em você!

Escrito por
Ângela W.Lima

Marcelo Dantas da Fonseca é Diretor de Departamento na Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Ribeirão Pires e coordenador da Rede de Gestores de RH do ABC.

 

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