Nilson Pimenta morre aos 60 anos e entra para a história das artes plásticas

ARTICLE TOP AD

As artes plásticas Naif de Mato Grosso perdeu um de seus maiores expoentes neste sábado, 23. Faleceu de infarto, resultando de um agravamento da diabetes, o artista plástico Nilson Pimenta. Familiares do artista que tinha aos 60 anos, confirmaram que ele estava em casa, por volta das 15h40, quando sofreu um infarto fulminante.

Considerado um dos principais nomes da contemporânea arte naif do Brasil, a súbita morte de Nilson Pimenta comoveu os meios culturais de Mato Grosso. Nomes como o da crítica de arte Aline Figueiredo, Wander Nunes, Gervane de Paula, Adir Sodré, Joao Carlos Vicente Ferreira, Eduardo Mahon, Regina Pena, Almira Reuter, Justino Astrevo, Luiz Carlos Ribeiro, entre tantos, imediatamente manisfestaram, por meio das redes sociais, o seu pesar pela partida do pintor.  

O Governo do Estado emitiu nota (veja no fim da matéria) e o demissionário secretário de Cultura, Leandro Carvalho, destacou o legado cultural de Nilson, citando que era reconhecido tanto dentro quanto fora do país.

Nilson Pimenta nasceu em 25 de junho de 1957 em Caravelas (BA), mas se mudou para o interior de Mato Grosso aos seis anos, onde trabalhou no campo. Morando em Cuiabá, era servidor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). É considerado um dos mais importantes e atuantes pintores brasileiros na arte naïf. O artista já participou de várias exposições coletivas e individuais, nos mais importantes museus e galerias do Brasil e do exterior.

“Nota de Pesar

O governador Pedro Taques, o secretário de Cultura de Mato Grosso, Leandro Carvalho, e o secretário de Comunicação, Kleber Lima, lamentam a morte do artista plástico Nilson Pimenta. O artista faleceu neste sábado (23.12), em razão de um infarto e da diabetes, em Cuiabá, aos 60 anos.

“Que a família e aqueles que conheciam e aprenderam com Nilson Pimenta recebam as condolências em nome do Governo do Estado e tenha forças para superar este momento de dor”, disse o governador.

“Nilson Pimenta é um dos mais importantes, se não o mais importante artista de nossa geração. Lamentamos muito pela morte precoce e estamos à disposição da família para ajudar no que for necessário”, afirmou o secretário Kleber Lima.

O secretário de Cultura, Leandro Carvalho, lembra a história de Nilson Pimenta. “O Brasil perdeu hoje um de seus mais importantes artistas visuais. Natural de Caravelas, na Bahia, Nilson adotou Mato Grosso, retratando-o com força e originalidade.

Nilson Pimenta também teve uma importante atuação como orientador do Ateliê Livre do Museu de Arte e Cultura Popular da Universidade Federal de Mato Grosso, criado por Aline Figueiredo e Humberto Espíndola. Foi reconhecido dentro e fora do Brasil como um artista naïf de grande importância. Nos solidarizamos com sua família neste momento difícil e expressamos nossos sentimentos pela grande perda para a Cultura Mato-Grossense e Brasileira” afirmou.

Nilson Pimenta nasceu em 25 de junho de 1957 em Caravelas (BA), mas se mudou para o interior de Mato Grosso aos seis anos, onde trabalhou no campo. “Sou 98% mato-grossense”, dizia. Morando em Cuiabá, era servidor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). É considerado um dos mais importantes e atuantes pintores brasileiros na arte naïf. “A pintura naif é aquela de gente simples que não estudou mas tem muita historia pra contar”, afirmava.

O artista já participou de várias exposições coletivas e individuais, nos mais importantes museus e galerias do Brasil e do exterior. Entre outras, integrou coletivas como a “Primitivos de Mato Grosso” no Museu de Arte de São Paulo em 1980; a “Brasil/Cuiabá: Pintura Cabocla” nos museus de Arte Moderna no Rio de Janeiro e em São Paulo, e na Fundação Cultural do Distrito Federal, em Brasília, em 1981. Em 1988 participou também da “Negra Sensibilidade”, exposta no Museu de Arte e de Cultura Popular, em Cuiabá. Atualmente, Nilson participou da “Naïve Paintings of Far-Western Brazil” na Galeria IZZI em Londres, em outubro 2006.

As premiações que chegaram em 1983 e 1985, no VI e no VIII Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio de Janeiro, inspiraram a escritora Aline Figueiredo, que descreve Nilson em seu livro “Arte Aqui é Mato”, como um artista procedente da vida rural.

Nilson Pimenta orientou vários alunos e pintores. Hoje, muitos destes são artistas renomados.

Os locais do velório e do enterro ainda não foram definidos.

ARTICLE BOTTOM AD