Mais de 150 mil pessoas sofrem com a doença por ano. Normalmente, pacientes acamados ou internados são mais suscetíveis ao problema
As lesões por pressão (LPP) – ou úlceras por pressão – são ferimentos que surgem na pele devido a uma pressão prolongada do tecido humano sob uma camada externa, sejam camas, cadeiras ou outras superfícies. Esse problema afeta, em grande parte, pacientes internados ou acamados por longos períodos e prejudica significativamente a sua qualidade de vida.
No Brasil, mais de 150 mil pessoas sofrem com esse tipo de lesão por ano, visto que são fáceis de ocorrer. “Normalmente, essas feridas surgem em proeminências ósseas que são mais expostas a pressão continuada. Além disso, o uso de dispositivos médicos que não são alterados de posição tendem a causar o mesmo problema. É preciso bastante atenção”, explica a Larissa Pignata, enfermeira e dermatologista do Cenfe, centro clínico especializado em tratamento de feridas.
Normalmente, as feridas podem ser precedidas ou acompanhadas por dor local ou alteração na cor da pele, o – isto é, a pele pode se tornar mais escura e até mesmo quente. Essas lesões não são raras e, além de tudo, há fatores que potencializam a abertura do ferimento. Edemas, pele seca, higiene precária e má alimentação costumam potencializar o problema.
É fundamental estar atento aos sintomas e demais fatores que podem predispor o aparecimento de lesões. Além disso, estar ciente dos métodos preventivos acerca da situação é determinante para tratamentos e precauções. Uma dessas medidas é a constante higienização da pele. Além da mudança de posição, principalmente em acamados.
O conhecimento do paciente sobre o próprio corpo é determinante para o diagnóstico de diversos tipos de doenças e problemas de saúde, inclusive as lesões por pressão. A constante vistoria da pele previne o aparecimento e auxilia o tratamento das lesões.
Entretanto, a profissional do Cenfe alerta para a importância de um acompanhamento profissional, de modo que o paciente não piore a situação com possíveis infecções. “No tratamento de qualquer lesão, é necessária uma avaliação pela enfermeira especialista para identificar o tipo de tecido atingido, a coloração, odor e profundidade do ferimento”, acrescenta.