Há mulheres que não nasceram para serem mães: O que significa isto&#63

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Na natureza nada é igual, portanto biologicamente há mulheres que se tornam mães e outras que não. Porém, ser mãe não é somente uma questão de ter capacidade física de engravidar, pois se assim fosse não haveria a questão da doação, do abandono e da adoção de crianças, por exemplo, dentre outras situações. Ser mãe é uma missão natural da mulher no sentido de ser canal para que um ser possa chegar a esta dimensão, e acompanhar este ser em sua evolução sendo presente em sua vida com lucidez, amor e consciência.  

Em toda a natureza, a missão de ser mãe tem a ver com a força feminina, pois a “natureza” da natureza é gestadora contínua. Porém, na natureza não existe o igual nem o diferente, pois cada ser é na sua individualidade; desta forma, assim como há plantas que não dão flores, outras que não dão frutos, árvores da mesma espécie que dão flores e frutos diferenciados no tamanho, por exemplo, na nossa espécie também existem as diferenças que constituem nossas individualidades. Desta forma, há mulheres que naturalmente são dotadas da capacidade física de gestarem e parirem e outras já não o são, mostrando a diversidade de nossa individualidade, pois somos filhos da natureza-mãe.

Há tempos atrás, uma mulher somente não tinha filhos se sua natureza biológica não lhe permitisse, pois a mulher nascia e era educada para ser mãe, havendo casos de separação do casal quando a mulher não conseguia engravidar. Nesta época a culpa era sempre da mulher, pois não se considerava o fato do homem não ter condições físicas adequadas para engravidar uma mulher. Nessa época restava a mulher apenas aceitar sua triste sina de ser infértil e ao mesmo tempo a condenação do marido, da família e da sociedade.

Porém os tempos mudaram e esta questão de ser mãe sofreu uma grande transformação em relação aos valores de referências que, também, se encontram em contínua modificação, pois o que era valor no passado, hoje, no presente pode não se apresentar mais daquela forma. Ainda é muito importante para uma mulher a questão da maternidade, porém ela já não é mais uma prioridade essencial na sua vida; isto significa que hoje a mulher pode escolher se ela quer ou não ser mãe, pois conquistou, é de seu direito esta escolha.

São muitos fatores que envolvem esta questão, dentre eles está o fato da mulher não se sentir com esta capacidade de ser mãe, de cuidar de uma criança, de ser uma mãe presente, de dar preferência ao trabalho, a uma carreira profissional, de se dedicar exclusivamente para o trabalho profissional, de não querer perder sua liberdade, de não querer “estragar” o corpo com a gravidez, não ter um companheiro adequado, não ter companheiro, não aceitar adoção, dentre outros. Nestes casos a mulher pensa e acolhe a idéia de que realmente não nasceu para ser mãe, deixando esta missão para aquelas que sentem este chamado ou são capacitadas para isto.

É importante também abrir a visão em relação a este assunto e perceber que também, há muitas maneiras não convencionais de ser mãe, o que leva muitas mulheres a não sentirem a necessidade de serem mães a partir de seus úteros. Quantas mulheres por circunstâncias da vida cuidam de vários irmãos, primos e até mesmo de crianças abandonadas se tornando verdadeiras mães. Hoje existe a oportunidade de se trabalhar profissionalmente como “mãe”, cuidando de crianças em locais especializados.

Penso que não estamos mais no tempo de haver pré-conceito em relação à escolha de não ter filhos, pois isto é direito de cada ser mulher e, nenhuma mulher é “obrigada” a ser mãe contra sua vontade. Na realidade ser mãe é de dentro para fora, e não algo imposto de fora para dentro para apenas cumprir obrigações ou satisfazer os desejos de outros. Se você é uma mulher que sente que não nasceu para ser mãe, seja verdadeira consigo mesma observando o porquê deste seu sentimento e, sendo verdadeira, também, com aqueles que você sente que necessita compartilhar sobre isto.

Ramy Arany – Assistente social, terapeuta comportamental, escritora, coach, consultora, palestrante, autodidata, pesquisadora e desenvolvedora da consciência Especialista na Liderança feminina, no comportamento, em relacionamentos e maternidade. Escritora dos livros Eternamente Ísis – O retorno do feminino ao Sagrado e Visão Gestadora – A visão em teia. Co-fundadora do Instituto KVT e fundadora do KVT Feminino e Sócia Diretora da Inove Soluções em Liderança.

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