No último mês, cinco cidades do Grande ABC diagnosticaram 754 novos casos de Covid-19, um aumento de 11% comparado com setembro, que registrou 677 vítimas. São Caetano constatou o maior crescimento: 181 casos, ante os 74 do mês anterior, um salto de 144,59%. Os dados foram divulgados pelas prefeituras de cada município, apenas as cidades de São Bernardo e Ribeirão Pires não divulgaram seus números.
Em segundo lugar aparece Diadema, com 52,9% de crescimento, saltando de 172 para 263. Apenas dois municípios tiveram queda no número de novos casos do coronavírus. Santo André teve 191 evidências, contra 228, uma diminuição de 16,2%. Enquanto Mauá registrou queda de 41,37%, já que em setembro havia contabilizado 203 casos; no último mês foram 119.
“A população deixou de se vacinar, depois de um tempo, por acharem que o vírus acabou. Elas não entenderam que ainda precisamos nos precaver, tomando as doses e usando máscaras em lugares fechados”, afirma a infectologista Luiza Alves ao ser questionada sobre o porquê do aumento.
Outro motivo do crescimento se dá por conta da nova variante Ômicron, explica a especialista. “Era previsível que o vírus sofresse mutações e que a eficácia das vacinas diminuísse ao longo do tempo, semelhante ao que acontece com a gripe. Felizmente, as pessoas que contraem essas novas variantes tendem a apresentar sintomas mais leves, exceto aqueles que têm condições médicas pré-existentes, sistemas imunológicos comprometidos ou são idosos”.
Os sintomas mais comuns entre os infectados pela Ômicron são febre, coriza, dor de garganta e dor no corpo, nada semelhante à perda de paladar, olfato e tosse seca comuns às outras variantes.
“Eu tomei todas as doses, principalmente porque moro com o meu avô, então sempre tive esse cuidado, uma pena que nem todos pensam assim”, diz o estudante de Ciências da Computação Kaique Munoz sobre a importância de se vacinar.
A vacina contra a Covid-19 segue disponível em todas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da região. Para se precaver, basta apresentar a carteirinha de vacinação em quaisquer unidades.
*Esta reportagem foi produzida por estagiários da Redação Multimídia do curso de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo.
