*Da redação
O programa Estratégia de Saúde da Família atingiu, em 2013, a cobertura de 360 mil famílias de São Bernardo do Campo, cerca de 48% da população. Pela iniciativa, equipes multiprofissionais – formadas por médicos generalistas, enfermeiros, auxiliares, agentes comunitários de saúde e profissionais da saúde bucal – realizam visitas domiciliares.
Além de fazer o diagnóstico de doenças de forma precoce, e acompanhar o tratamento e recuperação dos atendidos, nas visitas são observadas também as condições de moradia da pessoa e detalhes que possam indicar a vulnerabilidade social do grupo familiar. Com esse trabalho, é possível resolver até 80% dos problemas de saúde ainda na Atenção Básica.
Para a diretora do Departamento de Atenção Básica, Isabel Fuentes, a Estratégia de Saúde da Família pode proporcionar um grande avanço na qualidade de vida da população. “O cuidado com a saúde sai dos muros das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e alcança o local onde as famílias vivem. Esse novo olhar faz com que tenhamos a percepção exata das vulnerabilidades das comunidades e de suas necessidades”, disse.
O médico Sérgio Yamamoto, que já atuou na Vila São Pedro e atualmente realiza o trabalho no Jardim Farina, conta que a aproximação do médico com as famílias em suas comunidades facilita o diagnóstico e acompanhamento dos atendidos. “Esse tipo de trabalho é vencedor em qualquer lugar que é implantado. Muitos dos pacientes têm dificuldades que não permitem que cheguem às UBSs e podemos fazer a diferença com as visitas”, disse.
Giselia Ferreira Gomes e Genaide Ferreira Nunes, moradoras do Jardim Farina, são atendidas pelo programa. Giselia conta que o estado de saúde de sua irmã melhorou muito desde que passaram a receber as visitas das equipes. “Antigamente era muito complicado irmos até a UBS e a vinda do médico em casa está ajudando muito a melhora da saúde da minha irmã. Eles esclarecem nossas dúvidas e realmente se importam conosco”, declarou.
A visita domiciliar é solicitada pelos Agentes Comunitários de Saúde, que mantêm contato diário com os usuários, ou pelo familiar diretamente nas UBSs. As visitas também podem ser realizadas a pedido do Conselho Tutelar ou até por vizinhos quando há problemas de abandono ou maus-tratos. A regularidade do acompanhamento depende da complexidade dos casos.