As tarifas residenciais devem ter um aumento médio de 14,5% em 2021. A projeção foi calculada por meio do Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (SETE), que considera dados de todas as 53 distribuidoras do país, além de sete permissionárias.
O maior aumento esperado é na parcela que corresponde ao serviço de distribuição de energia elétrica, com alta de 15,5%, representando 4,5 pp da alta média. Esse aumento do custo do serviço de distribuição é fortemente pressionado pelo IGP-M, que ficou em 23,14% no ano passado. Nesse sentido, vale observar que uma parte das distribuidoras têm suas receitas reajustadas pelo IGP-M e a outra parte pelo IPCA (que fechou o ano em 4,52%).
Em segundo lugar estão os custos com a compra de energia, com aumento de 9,5% em relação a 2020. Esse aumento se deve ao fato de que a maior parte dos custos financeiros que as empresas teriam repassado às tarifas em 2020, em decorrência da sobrecontratação de energia e da queda do mercado, ter sido coberto pelo empréstimo associado à Conta-Covid e o seu pagamento, em cinco parcelas, ter início em 2021.
Por fim, destacam-se os custos associados ao serviço de transmissão de energia. Isso porque as empresas que passam por evento tarifário no primeiro semestre de 2021 devem ter reconhecido nas tarifas o aumento aprovado pela Aneel em julho de 2020, que elevou a receita de transmissão para o segmento de consumo em mais que 44,5%, tendo passado de R$ 10,4 bilhões para R$ 15,0 bilhões. Os dados foram divulgados pela TR Soluções, empresa de tecnologia aplicada ao setor elétrico.
Fonte: Com Informações do diário do litoral
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