O Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Vargem Grande do Sul, cidade localizada no interior de São Paulo, está preocupado com a situação das bombas submersíveis que fazem a captação de água. Segundo o Serviço, as bombas podem queimar por causa do baixo nível de água que se encontra na represa. Atualmente, o reservatório está com menos de 40% de sua capacidade.
De acordo com depoimento de Sandro Luis Chiavegato, superintendente do Saae, para o portal Globo.com, o sistema de captação da represa é feito com a ajuda de um sistema de resfriamento. As bombas ficam submersas, mas com o nível da represa baixando a cada dia, muitas das bombas já estão na superfície.
Racionamento
O racionamento tem sido implantado na cidade durante o período da noite, horário em que o consume se intensifica. De acordo com Chiavegato, o aumento acontece depois da meia-noite. A principal teoria é que existe desperdício durante esse horário porque não há profissionais fiscalizando. Vargem Grande do Sul gasta mensalmente cerca de 210 milhões de litros de água, mas a expectativa é que o racionamento faça o consumo cair pela metade.
Penalizações
Desde agosto existe um decreto publicado que proíbe o uso de água da rede pública para lavar veículos, calçadas ou molhar ruas. Até mesmo os postos de combustíveis só têm permissão para lavar para-brisas, lanternas e faróis com regadores e baldes, diminuindo o consumo com o veto à lavagem de veículos.
A penalidade para quem não cumprir o decreto é de R$ 650, podendo dobrar em caso de reincidência da infração. De acordo com dados divulgados pela Prefeitura, 20 pessoas já foram flagradas. A medida agradou os moradores mais conscientes, mas eles acreditam que é insuficiente, já que o primeiro passo é educar as pessoas sobre a importância de não desperdiçar água, uma atitude que deve ser adotada sempre.