Cesta básica cai 2,6% em julho no ABC para R$ 1.043, menor valor em 17 meses

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Movimento descendente no indicador da Craisa foi puxado por quedas nos preços de arroz e feijão

O preço médio da cesta bá­sica pesquisada no ABC pela Companhia Regional de Abas­­te­ci­mento Integrado de San­to André (Craisa) registrou em julho o menor valor em 17 meses, em um movimento descendente pu­­xa­do, principalmente, por que­­das nos preços do arroz e do fei­jão, dois dos produtos de maior pe­so na composição da cesta.

O conjunto de 34 itens essenciais – entre ali­mentos, pro­dutos de higiene pessoal e de limpeza doméstica – custou, em média, R$ 1.042,74 nos supermercados da região, 2,56% abaixo do apurado em junho (R$ 1.070,16). Tra­­ta-se do me­nor valor desde os R$ 1.008,22 cobrados em janeiro de 2022.

Na comparação com julho do ano passado, quando a cesta básica custava, em média, R$ 1.141,01 no ABC, o indicador da Craisa recuou 8,61%.

A Craisa acompanha sema­nalmente os pre­ços em super­mercados de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Dia­de­ma, Mauá e Ribeirão Pires – não há coleta de dados em Rio Grande da Serra. A pesquisa é baseada no consumo de uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, em um período de 30 dias.

GUERRA
Dos 34 itens da cesta, 16 ficaram mais baratos na passa­gem de junho para julho e 18, mais caros. Feijão carioca e arroz, ingredientes básicos do prato dos brasileiros, pu­xaram o valor geral para baixo, com re­du­ções de 10,37% e 4,63%, res­pectivamente – explicadas pela reorganização do mercado de grãos após o fim da pandemia de covid-19 e do menor im­pacto da guerra na Ucrânia.

A expectativa, porém, é de reversão no cenário nos próximos meses, devido ao aumento da demanda internacional por arroz e à redução da área de cultivo de arroz e feijão no país.
Outro item que ficou mais barato na passagem de junho para julho foi a batata lavada (-26,30%), vendida em média a R$ 4,83 o quilo no mês passado, resultado do aumento da oferta e da intensificação da colheita.

Também registraram quedas nos preços em julho nos supermercados da região a la­ranja (-10,54%), o sabão em pó (-9,15%) e a margarina (-8,95%).
No sentido inverso, as ma­i­­­ores altas em julho foram re­gistradas nos preços do fubá (8,80%), do mo­lho de tomate (7,03%) e da banana (5,96%).

SALÁRIO MÍNIMO
Com a queda de 2,56% no valor da cesta básica em julho, o conjunto de 34 itens essenciais passou a custar o equivalente a 79,0% do salário mínimo na­cional, que atualmente vale R$ 1.320. Em julho do ano passado, o comprometimento estava em 94,1%, com o mínimo em R$ 1.212.

Fonte: Diario Regional

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