Da Redação
A ausência do conselheiro afastado, Sérgio Ricardo, marcou a primeira sessão do Pleno do Tribunal de Contas do Estado em 2017. A Corte de Contas reuniu-se na manhã de terça-feira, 07 para julgar 23 processos. No lugar de Sérgio Ricardo, sentou-se o conselheiro substituto João Batista de Camargo.
O conselheiro Sérgio Ricardo foi afastado do cargo em 19 de janeiro por ordem judicial. O conselheiro é acusado pelo Ministério Público do Estado (MPE) de ter “comprado” a vaga no Tribunal de Contas do conselheiro aposentado, Alencar Soares. O processo que investiga esta denúncia conrre na 7ª Vara Criminal Especializada em Crime Organizado e Contra o Patrimônio Público.
Para o presidente do TCE, conselheiro Antônio Joaquim, é preciso separar a figura da pessoa do conselheiro afastado da instituição que é a Corte de Contas. “Acho que é preciso que haja respeito às instituições. Não se pode contaminar as instituições com problemas que os membros sofram. Sou o presidente e reafirmo: o conselheiro Sérgio Ricardo tem atuado de forma adequada aqui dentro. Os problemas que o conselheiro está tendo são relativos à atuação anterior ao Tribunal”, afirmou Antonio Joaquim à jornalistas.
O afastamento por ordem judicial de Sérgio Ricardo é o segundo do gênero a atingir o TCE-MT. O ex-deputado e ex-conselheiro Humberto Bosaipo também deixou o Tribunal de Contas após ordem do Superior Tribunal de Justiça (STF) em 2011. Três anos depois, em 2014, Bosaipo acabou renunciando ao cargo.
Na avaliação do presidente do TCE, os problemas de Sérgio Ricardo não afeta a instituição. Segundo Antonio Joaquim, caso seja provado que o conselheiro cometeu alguma ilegalidade ele deve responder individualmente perante a Justiça. “Se o conselheiro tem uma conta para pagar, ele tem que pagar por conta dele. Não se pode envolver o Tribunal nisso”, disse.