Todos os anos, cerca de 88 mil pessoas morrem nos Estados Unidos por que beberam demais. O custo disso (223,5 bilhões de dólares em 2006) levou o governo a estudar o comportamento dos bebedores e encontrou um resultado que desafia o senso comum: 90% das pessoas que bebem demais não são alcoólatras.
O estudo foi conduzido pelo CDC (Centros para Controle e Prevenções de Doenças, em inglês), um órgão do governo. Foram analisadas as respostas que 138 mil pessoas deram em pesquisas nacionais sobre uso de drogas nos anos de 2009, 2010 e 2011. Resultado: 29% das pessoas bebiam demais, mas apenas 10% delas se encaixavam na definição de alcoolismo.
“A maioria das pessoas tende a ligar o excesso de bebida ao alcoolismo”, diz Robert Dewer, do CDC, ao New York Times. “Precisamos de estratágias para chegar a essas pessoas que bebem demais e não são alcoólatras”, completa.
E por que isso é uma boa notícia? A conclusão do estudo mostra que diminuir o número de bebedores exagerados pode ser mais fácil que se pensava, pois se trata de mudar o comportamento de pessoas que não estão doentes.
Critérios
As quantidades consideradas excessivas pelo CDC foram quatro drinques para mulheres e cinco para homens em uma mesma ocasião.