Produção de lixo eletrônico bate 50 milhões de toneladas ao ano

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De acordo com especialista, número deve crescer

Não é mais preciso que os eletrônicos quebrem para que sejam trocados. Várias justificativas são dadas para substituir o celular em alguns meses, ou o notebook a cada poucos. Entretanto, a quantidade de lixo gerada por essa práticas tem preocupado organizações mundiais, assim como soluções para resolver esse problema.

O termo “obsolescência programada”, fenômeno industrial que surgiu em 1920, ganhou novos contornos com a modernidade, e hoje traduz a decisão das empresas em criar e lançar produtos novos, mas que ficam obsoletos muito rapidamente, forçando o consumidor a adquirir um novo produto. Isso fica muito visível ao comprar um eletrônico, que logo tem seu sistema operacional ultrapassado ou apresenta falhas na bateria.

O crescimento do lixo eletrônico causado por esse modelo de produção tem começado a gerar preocupação. De acordo com um alerta dado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) das Nações Unidas, a produção desse tipo de lixo atingiu 50 milhões de toneladas por ano, o que pode resultar em graves danos para o meio ambiente e para a população. Hoje, somente 20% do lixo eletrônico é reciclado de maneira formal.

Em 2019, foi divulgada uma projeção assustadora acerca da quantidade de lixo eletrônico produzido no mundo. De acordo com o relatório da Plataforma para Aceleração da Economia Circular (PACE) e da Coalizão das Nações Unidas sobre Lixo Eletrônico, a previsão é de que em 2050 a produção de lixo eletrônico global deverá alcançar 120 milhões de toneladas ao ano, caso não sejam criadas medidas para incentivar a diminuição de descarte e a reutilização de materiais presentes nos eletrônicos.

Como descartar eletrônicos de maneira correta

Descartar o lixo eletrônico corretamente é a melhor forma de garantir que ele será reutilizado da maneira adequada.

A principal forma de fazer o descarte correto é devolvendo o produto usado para seu fabricante. Empresas como Apple, Dell, HP e LG já contam com canais de atendimento para realizar a coleta, que acontece de forma simples. Outra maneira para fazer o descarte é procurar por postos de coleta. Algumas farmácias e estações de metrô contam com caixas de vidro e outros recipientes, com indicação do tipo de material que pode ser depositado ali.

Cooperativas e instituições especializadas também podem encontrar um novo caminho para os eletrônicos descartados. Caso o produto ainda esteja em bom estado e possa continuar sendo usado por outras pessoas, é possível doá-lo para entidades como a Associação Brasileira de Distribuição de Excedentes (Abre) ou para o Cedir, órgão alinhado à Universidade de São Paulo (USP).

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