O modo convencional de proteger a propriedade intelectual é patenteá-la. Isso dá ao inventor a proteção legal sobre ela. Se outras partes desejam usá-la, é necessário pagar por isso. O único porém é que ele necessariamente tem que publicar sua ideia, o que possibilita que alguém a copie em um país onde as leis são levadas menos a sério.
De modo que muitas empresas estão mantendo suas ideias mais valiosas por baixo dos panos. Infelizmente, tal medida não as protege completamente. Os hackers são ardilosos e a China emprega milhares deles para roubar segredos estrangeiros, como revelou no mês passado um relatório da Mandiant, uma empresa de segurança de computadores.
Ninguém sabe ao certo quantos segredos industriais as empresas mantêm, ou quanto eles valem. Alguns, como listas de clientes, são gerados por operações cotidianas. Outros são mantidos em segredo porque as patentes em geral duram apenas 20 anos. Caso a Coca-Cola tivesse patenteado sua receita, já teria perdido seus direitos há muito tempo. Ademais, teria extinto o seu mistério imediatamente.
Ladrões digitais vêm de todos os países, mas um deles se destaca. Nos dezesseis anos desde que a promulgação da Lei de Espionagem Econômica (EEA, na sigla em inglês) tornou o roubo de segredos industriais um crime federal, um terço de todos os processos motivados pela EEA envolveram pessoas nascidas na China ou que pretendiam contribuir com o governo ou empresas do país. Desde 2008, 44% dos casos tiveram uma conexão chinesa.
Fontes: The Economist-Can you keep a secret?
