Dados de captação da Sabesp na Billings foram expostos em audiência pública em Santo André
A presença de metais pesados e agrotóxicos foi encontrada na água já tratada da ETA (Estação de Tratamento de Água) Rio Grande, ou seja, na água que chega nas torneiras da população de São Bernardo, Diadema e 50% de Santo André. Os dados são de laudos da própria Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) ao qual a Defensoria Pública do Estado de São Paulo teve acesso via Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André). As informações foram apresentadas em audiência pública sobre contaminação de agrotóxicos em alimentos e água realizada nesta terça-feira (06/10), em Santo André.
Audiência pública discutiu contaminação de alimentos e água por agrotóxico.
SAÚDE
Apesar de o glifosato ser considerado um agrotóxico de baixa toxidade, se comparado com outros no mercado, pesquisas internacionais mostram que é potencialmente cancerígeno, além de causar diabetes, doenças cardíacas, depressão, infertilidade, mal de Alzheimer e mal de Parkinson.
“Hoje 43,8% do mercado brasileiro usam o glifosato, porque pouquíssimas pessoas sabem o quanto é perigoso”, revelou a professora da Universidade Federal de Santa Catarina.
O defensor público explicou ainda que esse tipo de agrotóxico vai parar na água porque quando pulverizado para agricultura se infiltra do solo e atinge as águas subterrâneas, lençóis freáticos e mananciais. “Deveria ser proibido o uso de agrotóxicos próximo aos mananciais”, destacou Novaes.
Outro dado que preocupou a engenheira química foi a presença de urânio na ETA Rio Grande. “É preciso investigar de onde está vindo isso. Até recomendo que sejam feitos os testes novamente, porque é muito grave”, afirmou. Já o chumbo causa danos aos rins, fígado, sistema nervoso, cérebro, órgãos reprodutores e na região gastrintestinal.
Procurada, a Sabesp não se manifestou até a postagem desta matéria.
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