Profissionais encontram alternativa para driblar a crise e atrair clientes

ARTICLE TOP AD

Eletricistas, massagistas, manicures, esteticistas e profissionais das mais diversas áreas buscam driblar o desemprego e investem no atendimento delivery como forma de atrair clientes no ABC. 

Catarina Mendes da Silva, 27, de Mauá, não pensa em voltar ao mercado de trabalho convencional. Era assistente financeira no Banco do Brasil. Mas ficou desempregada há um ano e meio. Passou então a trabalhar como manicure, diarista e massagista para ajudar na renda familiar. Atualmente, ela ganha em média por mês, R$ 2.500.

Sua renda maior vem da sua função como diarista. Cobra R$ 120 a diária. “Não tenho curso superior. As empresas fazem você trabalhar mais e ganhar menos. Tenho dois filhos pequenos. Isso ocuparia mais tempo e não tenho interesse”, afirmou. 

Há quem pense diferente. O técnico em manutenção Saulo Silva Santos, 49, de Diadema, está desempregado há cinco meses. Hoje ele trabalha resolvendo pequenos problemas domésticos como marido de aluguel e ganha aproximadamente um salário mínimo (R$ 937,00) por mês. 

Santos lamenta a falta de emprego e espera voltar ao mercado de trabalho o quanto antes para se aposentar. “Trabalhei 27 anos com carteira assinada. Tinha o salário fixo e os benefícios. Estou começando como autônomo agora. Mas tem semana que não aparece nada”, concluiu. 

Até quem possui emprego fixo entrou na onda. A maquiadora Mila Castro, 32, trabalha como freelancer aos finais de semana. Formada em dança pela Universidade Anhembi Morumbi, é professora de balé clássico pela rede municipal de São Caetano e descobriu sua paixão por maquiagem por meio dos espetáculos.

“Eu quero seguir na carreira de maquiadora, principalmente a artística, mas o que dá retorno são as maquiagens de noivas, madrinhas e debutantes”, afirmou Mila.

Os valores variam de acordo com a ocasião. Normalmente, a maquiagem e o penteado das noivas custam R$ 500, e o artístico é a partir de R$ 150. Mila está no mercado há dois anos e já chegou a faturar com a maquiagem R$ 1.500 por mês.

Investimentos

O contrário também pode ocorrer. A esteticista Ana Paula da Silva Cosmos, 32, era vendedora, com carteira assinada. Mas, após fazer um curso técnico, resolveu arriscar e hoje possui o seu próprio negócio, o Estética Ana Paula.

Ela começou com os parentes e os amigos mais próximos. Quando se deu conta, estava atendendo 40 pessoas por mês. Atualmente, ela atende algumas clientes a domicílio e acredita que esse seja o diferencial.

Apesar de faturar R$ 2.000 por mês, não descarta voltar ao mercado de trabalho convencional. “Hoje, tenho mais tempo e até consigo assistir as apresentações escolares dos meus filhos, mas os custos para manter o negócio são altos. Pago o aluguel do espaço, água, luz e os produtos”, afirmou.

ARTICLE BOTTOM AD