Hospital Nardini organiza palestras para campanha do Setembro Amarelo

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O Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente do Hospital Nardini, em Mauá, organizou nesta semana um ciclo de palestras referente à campanha do Setembro Amarelo, cujo tema deste ano é “Se precisar, peça ajuda”. O evento, que contou com apoio das equipes de Educação Permanente, Saúde Mental, Psicologia e Gerência de Enfermagem, foi dirigido à equipe multiprofissional da unidade. Ao todo, participaram 82 colaboradores.
A palestra contou com apresentação lúdica do Chapeleiro Maluco, personagem interpretado por Railson de França Tavares, pós-graduado em Saúde Mental, ator e militante do movimento da luta antimanicomial. O evento seguiu com o tema “Se precisar, peça ajuda”, conduzido pelos médicos residentes em Psiquiatria, Pablo Alberto Noleto de Freitas e Kevin Marques de Morais. À tarde, deu-se uma conversa com as psicólogas Daiane Farias e Patrícia Aires com o tema “Uma reflexão sobre o sentido da vida”. Por meio da ação “Ipê Amarelo do Acolhimento”, funcionários deixaram mensagens motivacionais para serem lidas pelo público.
Para o coordenador do serviço de Psiquiatria do Hospital Nardini, Dr. Adiel Ríos, o suicídio é um grande problema de saúde pública e provoca impactos em toda a sociedade. “Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que de HIV, malária, câncer de mama, guerras ou homicídios”, explica o psiquiatra. No dado mais recente da entidade, foram contabilizadas mundialmente 700 mil mortes no período de um ano.

DADOS

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta maior causa de morte, depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo que pode afetar indivíduos de diferentes origens, gêneros, culturas, classes sociais e idades.

No Brasil, segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgados pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade, por suicídio, de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil pessoas nesta faixa etária, e de 45% entre crianças de 10 a 14 anos, no patamar de 1,33 por 100 mil.

As taxas variam entre países, regiões e gêneros. Os dados brasileiros são de que 12,6 a cada 100 mil homens e 5,4 por 100 mil mulheres tiram a própria vida. As taxas no grupo masculino são geralmente mais elevadas em países de alta renda (16,6 por 100 mil), enquanto, para elas, os maiores índices ocorrem em nações de baixa e média rendas (7,1 por 100 mil).

Na Europa, houve um declínio nos números de suicídio, mas observou-se um aumento em estados nacionais do Leste Asiático, América Central e América do Sul. “Embora algumas nações tenham colocado a prevenção do suicídio no topo de suas agendas, muitas permanecem não comprometidas. Atualmente, apenas 38 países são conhecidos por terem uma estratégia nacional de prevenção contra o suicídio. É um importante problema de saúde pública”, finaliza Dr. Ríos.

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