Funcionários da GM decidem entrar em greve nesta segunda

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Eles protestam contra a demissões de trabalhadores por telegramas que começaram a ser enviados no sábado

Reunidos na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, os funcionários da GM (General Motors) decidiram entrar em greve a partir desta segunda-feira (23). Uma assembleia foi convocada para as 5h, no portão 4 da empresa para oficializar a paralisação. Eles protestam contra a demissão de funcionários por telegramas que começaram a ser enviados no sábado.

“A GM não quis ouvir os trabalhadores. Talvez tenha sido por causa do barulho das máquinas. E qual é a nossa defesa nesse momento? É silenciar a máquina. A empresa não sabe ouvir o trabalhador com as máquinas trabalhando. Porque faz barulho. Uma linha (de produção) trabalhando faz  barulho. Então vamos silenciar as linhas de produção. Aí a empresa vai nos ouvir”, afirmou o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão.

Na manhã deste domingo (22), funcionários que receberam o telegrama de demissão foram chamados para uma assembleia na sede do sindicato, em São Caetano. Também compareceram outras trabalhadores para dar apoio aos que foram cortados. Por unanimidade foi aprovada a decisão de implantar o estado de greve e, a partir da assembleia de hoje, paralisar a produção.

Também participaram da assembleia representantes do corpo jurídico do sindicato que, segundo Cidão, vão solicitar na Justiça do Trabalho o cancelamento das demissões. “A GM não pode mensurar o estrago que está causando nas vidas desses trabalhadores e de suas famílias”,, afirmou Cidão. “corremos o risco de a greve ser considerada abusiva, mas não temos outro caminho a seguir”.

No relato dos trabalhadores, era comum a decepção com a chegada do telegrama que comunicava a demissão. Alguns deles receberam ontem o documento.

A GM alega que os cortes foram necessários por causa da queda nas vendas e nas exportações de veículos. E que tomou a decisão após outras tentativas de ajustes, como a suspensão temporária de contratos de trabalho (layoff), férias coletivas e dias de folga, além de um PDV (Programa de Demissão Voluntária) que foi rejeitado pelos funcionários em setembro.

Fonte : Diario do Grande ABC

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