Os meses de setembro a março são os piores para a proliferação de pragas urbanas nas cidades. O tempo quente e úmido das estações nesse período (primavera e verão) facilita a reprodução e o desenvolvimento desses animais. Com elas, chegam também as doenças e as perdas de dias de trabalho.
Ratos, baratas, mosquitos, formigas, aranhas e pombos podem ser considerados pragas urbanas, desde que excedam “o limite na natureza dentro do ambiente urbano”, explica a bióloga e mestre em saúde pública Lucia Schuller, da empresa de controle de pragas ABC Expurgo. Caso contrário, são necessários para o equilíbrio do meio ambiente.
Muitos desses animais acabaram se proliferando em excesso como forma de sobreviver à urbanização acelerada. O risco é que alguns são venenosos ou causam doenças que podem levar à morte. Por exemplo, os ratos podem trazer a leptospirose e a picada de certas abelhas causa reações alérgicas.
“Os prejuízos são muito grandes, perdas de dias de trabalho por adoecimento, de alimentos contaminados, a perda econômica é grande”, explica a veterinária Andrea Nunes, do Centro de Zoonoses em Santo André. Ela conta que para a proliferação das pragas são necessários três fatores: água, alimento e abrigo. O centro de zoonoses faz um trabalho de vistorias e educação sanitária, orientando as pessoas sobre como agir a respeito das pragas urbanas.
Para exterminar com essas pragas, a maneira mais simples é acabar com o fornecimento desses fatores. Para a bióloga Lucia, é necessário compreender a dinâmica e o comportamento das pragas para buscar soluções que evitem a presença dos seres em locais indesejados.
Pombos
Os pombos são considerados um tipo de praga urbana. Além de danificarem monumentos com suas fezes (a acidez pode deteriorar a obra), eles causam diversas doenças em outros animais e seres humanos. Um exemplo é a criptococose, transmitida por um fungo localizado nas fezes da ave. A doença começa com uma simples infecção respiratória e, se agravada, pode causar até meningite. O grande problema é que eles não possuem predadores nas cidades.
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