O que responder quando um selecionador pergunta qual é o seu ponto fraco em uma entrevista de emprego&#63

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Uma pergunta que normalmente as pessoas me fazem quando descobrem que eu trabalho com Recrutamento e Seleção é sobre o que responder em uma entrevista de emprego quando um selecionador questiona sobre seu ponto fraco. Acreditem, às vezes sou abordada sobre isso na balada e, por isso, agora ando dizendo que tenho as mais diversas profissões para evitar a sabatina…kkkk

Bom, casos a parte, eu particularmente não gosto do termo ponto fraco. Claro, temos as nossas fragilidades mas podemos desenvolver tudo o que nos dispomos a fazer. Vou então utilizar o termo ponto a desenvolver.

Sobre o objetivo desta tão enigmática pergunta, quando eu a faço como selecionadora é com o intuito de perceber o quanto o candidato se dedica ao seu processo de auto conhecimento.

O meu aforismo preferido – Conhece-te a ti mesmo – é um oráculo encontrado na cidade de Delfos na Grécia antiga e repetida por diversos filósofos ao longo da história. Gosto tanto dele porque tenho como verdade que enquanto não olhamos para dentro para identificar nossas principais características, somos guiados pelo acaso e chamamos isto de destino. É como estar em Matrix.

Voltando à entrevista de emprego, quando um entrevistado expõe seus pontos a desenvolver de uma forma madura ele passa a percepção de que é alguém que reconhece suas limitações e busca se auto conhecer para assim se desenvolver diariamente.

Gosto quando o candidato cita o ponto a desenvolver e o que está fazendo para chegar no estado desejado.

Uma experiência minha, há alguns anos em um dessas conferências nacionais corporativas, estava eu como Gerente de RH sem dormir há dias de tanto pavor só de pensar na possibilidade de ter ser chamada para falar para o público que era composto pela principal liderança da empresa. Percebi que ao invés de aproveitar o momento para inspirar pessoas eu estava transformando aquilo em um drama pessoal.

Não fui chamada para falar. Agradeci a vida pelo “livramento” mas decidi que me desenvolveria para nunca mais de sentir acuada daquela forma.

Fui fazer um workshop com técnicas teatrais para executivos. Amei e decidi cursar teatro de verdade. Descobri autores sensacionais, me envolvi na psique do Nelson Rodrigues e passei meses lendo Plínio Marcos. Descobri também muita coisa sobre mim, principalmente da minha capacidade de prender a atenção do expectador todas as vezes em que o meu olho brilhava em cena. Foram muitos dias, noites e finais de semana de ensaio.

Hoje, quando preciso falar em público o frio na barriga está presente, mas sei que é apenas a sensação que antecede o êxtase.

Essa passagem da minha vida sempre me emociona e me traz a convicção que mais importante que onde estamos, é a determinação de onde queremos chegar.

Quando um entrevistador te perguntar sobre o seu ponto a desenvolver, esqueça o clichê “perfeccionismo” e diga de fato qual é a característica que está te gerando um incomodo e o que você está fazendo para evoluir.

Com amor,

Fabíola Oliveira – Empreendedora, administradora de empresas, atriz e sócia diretora da RDA Consultoria Humana

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