Uma das principais ameaças à saúde cardiológica em todo o mundo é a hipertensão arterial. Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, cerca de um terço dos adultos já possui o problema. Em países mais desenvolvidos, medidas como dietas com pouco sal, a prática de exercícios físicos e o controle através da utilização de um medicamento para a hipertensão têm reduzido o número de pessoas com esse mal. Porém, a taxa de hipertensos continua a subir em países mais pobres.
Agravada por vários fatores como sedentarismo, obesidade, consumo de álcool e cigarros, a hipertensão é uma das principais causadoras de doenças que podem levar à morte, como doença renal crônica, insuficiência cardíaca, AVC – Acidente Vascular Cerebral, dentre diversos outros problemas de saúde que podem ser repentinos e irreversíveis, como o ataque cardíaco.
Um estudo da Universidade de Oxford revisou 123 trabalhos sobre o tema, que foram desenvolvidos no período que vai de 1966 a 2015, totalizando mais de 600 mil voluntários, com diversas medidas de pressão arterial e tipos de doenças. A mais recente conclusão dessa análise é a de que a redução da pressão arterial em 10 milímetros de mercúrio possibilitaria diminuir a da mortalidade decorrente de distúrbios que tenham a ver com a hipertensão em 13%, além de também reduzir o risco de complicações cardiovasculares graves em 20%.
Essa mudança também reduziria em 17% a possibilidade de desenvolvimento de doenças cardíacas coronárias, em 28% o risco de insuficiência cardíaca e em 27% a possibilidade de infartos.
Isso quer dizer que, reduzir a pressão arterial gera benefícios extremamente importantes para a saúde, de uma forma geral, mesmo em pessoas que não foram diagnosticadas como hipertensas, mas estão no limite do que é considerado aceitável – pressão arterial de 14/9.
Porém, pacientes com insuficiência renal ou cardíaca são uma exceção à essa regra, pois precisam do acompanhamento de um especialista para garantir que a pressão arterial esteja de acordo com a necessidade de seu organismo especificamente, que pode ser mais alta do que o valores considerados normais pelos padrões médicos.