Da Redação
Um suposto triangulo amoroso em família teria sido a causa do assassinato da jovem Ana Paula Bugari Golçalves, 28 anos. O corpo da jovem, que estava desaparecida desde sábado, 29, foi localizado na segunda-feira,01, em uma área de mata localizada a cerca de três quilômetros do sitio de seu sogro, na zona rural de Juína (759 km de Cuiabá).
Após o corpo de Ana Paula ser localizado, a Polícia civil iniciou o confronto de informações já colhidas desde o desaparecimento da jovem, que havia saído do sitio em que morava com o marido para buscar a mãe e não retornou mais para casa.
Durante todo o domingo, bombeiros e agentes da própria polícia tentaram localizar a mulher. Ainda no sábado o marido havia encontrado a moto usada pela esposa, estacionada na Linha J, que dá acesso ao sítio dos sogros. O veículo estava sem a chave de ignição.
Durante a investigação, a polícia interrogou o cunhado da vítima, Edimar Mendes Bugari, de 32 anos, irmão do esposo de Ana Paula. A polícia desconfiou dele assim que soube que o homem havia sido o único a deixar a casa da família bem cedinho no dia do desaparecimento da jovem.
Inicialmente ele tentou despistar, mas diante das contradições de sua história, pressionado pelos investigadores, acabou confessando ser o autor do assassinato. Segundo sua versão, ele e Ana Paula tinham se apaixonado e mantinham um romance secreto há dois anos.

No depoimento à policia, Edimar disse que se encontrou com Ana Paula na manhã de sábado e que os dois tiveram relações sexuais. No entanto, durante uma conversa sobre a situação clandestina que estariam vivendo, acabaram tendo uma discussão e a jovem ameaçou contar à família sobre o relacionamento entre ambos. “Ninguém sabia do nosso caso e na hora do desespero deu nisso”, afirmou, revelando que “perdeu a cabeça”, matou a mulher e escondeu o corpo na mata.
A jovem teria sido morta com golpes de um pedaço de pau. Após certificar que ela estava morta, o assassino disse que arrastou o corpo para a mata e o abandonou em uma área de brejo.
A família confirmou que, de fato, Edimar saiu de casa bem cedo no sábado e, ao retornar, tinha as roupas molhadas.
Agentes da Politec estiveram no local do crime, apontado pelo assassino confesso, para realizar perícia. O corpo da mulher foi encaminhado ao instituto médico legal para exame de necropsia e depois liberado para velório e sepultamento. A vítima deixa dois filhos, um deles completa hoje seis meses de vida.
Preso em flagrante, Edimar Bugari responderá por assassinato em primeiro grau, por motivo torpe, e meio bárbaro. Pelo crime, poderá pegar pena máxima.