Eliminar criadouros do Aedes aegypty é arma contra o zika vírus

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População pode eliminar cerca de 80% dos criadouros do mosquito, localizados dentro de moradias

São Bernardo não registrou nenhum caso diagnosticado de zika vírus. Mesmo assim, a Prefeitura tem intensificado o trabalho para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti como forma de combater essa doença, mas também a dengue e a febre chikungunya.

A intensificação das ações de combate ao mosquito neste ano foi antecipada em três meses, sendo iniciada em agosto pelos bairros com maior registro de casos de dengue e de criadouros do mosquito.

O Programa de Controle da Dengue classificou os bairros em baixo, médio e alto risco para facilitar o trabalho das equipes dos agentes de controle de zoonoses. Os mutirões nos bairros continuarão durante todo o verão.

“Precisamos que todos estejam engajados nessa guerra contra o mosquito. Em muitos casos, encontramos larvas em potinhos, baldes ou calhas que podem ser verificados pelos próprios moradores”, destacou a coordenadora do Programa de Controle da Dengue.

Segundo a coordenadora, o ideal é que uma vez por semana as pessoas analisem sua residência e verifiquem se há possíveis criadouros do mosquito, eliminando-os. “Cerca de 80% dos criadouros estão dentro das casas. As pessoas precisam estar conscientes que essa é uma luta de todos”, enfatizou.

O Disque-Dengue (0800- 195565) pode ser acionado para informar suspeita de focos do mosquito.

A doença – A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica de São Bernardo destacou que, neste período de festas, quando as pessoas viajam para outras localidades, é necessário ficar atento. “Pode ocorrer de alguém voltar infectado com zika vírus e não saber. Se o mosquito pica essa pessoa com a doença é o que basta para ocorrer casos na cidade”, disse.

A doença é causada por um vírus transmitido pela picada do mesmo mosquito da dengue. Os sintomas da doença são: febre geralmente baixa, manchas vermelhas no corpo, coceira e, em alguns casos, pode haver vermelhidão nos olhos. “Porém, há casos em que a pessoa não sente esses sintomas, mas uma indisposição. Por isso a atenção deve ser redobrada”, salientou Candida.

Algumas pesquisas têm demonstrado que o zika vírus tem relação com os casos de microcefalia ocorridos nos estados do Nordeste. A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 32 centímetros. A microcefalia pode ser causada por diversas situações: ingestão de medicamentos contraindicados na gravidez, radiação, vírus, bactérias e exposição a substâncias tóxicas com efeito no feto (drogas ilícitas, álcool, inseticidas, tabagismo).

As gestantes devem seguir rigorosamente o pré-natal, comparecendo às consultas e realizando todos os exames prescritos. Não há necessidade de ampliar o número de consultas ou de fazer mais exames. É importante também que as gestantes não usem medicamentos não prescritos pelo médico e que informem os profissionais de saúde sobre qualquer alteração que perceberem durante a gestação.

A chefe da Vigilância disse ainda que, durante a gestação, as mulheres devem se proteger de picadas de insetos com o uso de calça e camisetas de manga comprida e repelentes. “Porém, mesmo o repelente deve ser indicado por um médico”, alertou.

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