Depois, é necessário verificar qual o valor que se tem como reserva financeira, e quanto irá durar nas atuais condições, para traçar planos e gastos. Para quem não tem reservas, vale traçar os melhores caminhos para tomar crédito, quanto será necessário e quais as melhores condições oferecidas no mercado.
2 – Não seja radical
Vá com calma e não seja tão radical na hora de listar o que fica fora do orçamento e o que não, logicamente se tiver ainda um fôlego financeiro para isso. Em um momento caótico, determinados gastos podem tornar a vida mais “suportável” nesse momento, como pedir uma pizza no final de semana.
Segundo Vera Rita, uma forma gradual de cortar gastos é a família instituir um dia da semanasem sobremesa, e ir aos poucos experimentando como é ficar sem determinado tipo de produto ou serviço.
3 – Busque ideias
Em um cenário no qual todos estão isolados e passando eventualmente por apertos financeiros, não faltam ideias para economizar.
Vera Rita indica compartilhar em grupos de whatsapp e no Facebook dicas de corte de gastos.”É hora de unirmos forças. O que vale para um pode valer para muitos”.
4 – Negocie contas
Todos sabem que uma pandemia pode causar grandes efeitos negativos sobre o orçamento. Portanto, não é hora de ficar constrangido em negociar.
Se o motivo para atrasar o pagamento do aluguel ou despesas com despesas com educação é a perda de renda, busque negociar com o locador ou a escola ou faculdade. É possível pedir a suspensão dos valores por um determinado período e prometer pagar o valor devido em um prazo maior, de forma adicional a pagamentos futuros.
Também é o momento de verificar se outra operadora de telefonia não oferece um preço mais em conta por serviços como internet e telefone.
Para diminuir o peso da tarefa, a dica é dividi-la entre os membros da família, ou colocar como meta diária renegociar três contas ou fazer três pesquisas de preços. “É possível engajar a família estabelecendo gratificações para quem conseguir o maior desconto, como não lavar a louça durante uma semana”, diz Vera Rita.
5 – Analise a opção de prorrogar o pagamento de dívidas
Para quem tem financiamentos e dívidas a pagar, prorrogar as parcelas por 60 dias (no caso de financiamento de imóveis, por até 90 dias), e ficar sem pagar os valores nesse período, pode ser um meio de ganhar fôlego financeiro.
Contudo, os juros nessa pausa não deixam de correr e a alternativa tem custo, que pode dobrar o valor das parcelas prorrogadas ao final do financiamento. Ainda que o valor da pausa seja diluído no restante do saldo devedor, em empréstimos pessoais e financiamento de carros, que têm parcelas fixas, a solução torna as prestações restantes maiores.
Portanto antes de optar pela prorrogação das parcelas do financiamento ou empréstimo, em um momento de taxa Selic na mínima histórica verifique se não é melhor tentar portar a dívida para outros bancos que paguem juros menores ou optar por outra modalidade de crédito mais acessível, como o crédito consignado.
6 – Resista à tentação do comércio online
Estar isolado em casa, em um momento de crise, pode ser um gatilho para se presentear com compras desnecessárias. Apesar de permitir driblar a tentação de uma vitrine, a quarentena pode incentivar a busca pelo consumo online, que está à mão.
A dica de Vera Rita é colocar, em um local de fácil visualização, um teto para gastos supérfluos. “Pode ser interessante também deixar de seguir algumas contas nas redes sociais que funcionam como um incentivo para compras”.
7 – Substitua produtos de marca e delivery
Mesmo isolado está complicado economizar, pois os preços no supermercado subiram e o frete da comida por delivery é um custo a mais? Então prefira cozinhar em casa e substitua produtos mais caros por aqueles de marcas mais acessíveis.
A recomendação é realizar pesquisas, diz Vera Rita. “Mercados de menor porte, no bairro, podem oferecer um preço mais em conta, já que não sentiram tanto a alta da demanda. É um momento no qual todos estão oferecendo promoções e negociando”.