As estimativas de novos casos de câncer de mama são de mais de 50 mil este ano só no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Isso é um sinal de alerta e nos leva a refletir ‘será que estou no alvo?’. Leia mais e saiba se você pode ter câncer de mama.
O que pode te ajudar a saber é fazer um teste genético (pela saliva ou sangue). “De maneira geral, ele é indicado para quem tem histórico familiar, se já teve câncer ou desenvolveu a doença antes dos 35 anos, pois esses fatores significam que há predisposição genética. O objetivo é verificar se existem células com gene mutado, o que predispõe o aparecimento da doença”, explica o oncogeneticista do Instituto Paulista de Cancerologia, José Cláudio Casali. Para saber as possibilidades de desenvolvimento de câncer mama, o teste foca nos genes BRC 1 e BRC 2.
Diante do resultado, o geneticista vai auxiliar a contrabalancear esse fator hereditário. Ele certamente vai sugerir mudanças no estilo de vida e exames específicos, como por exemplo uma ressonância de mama a cada seis meses. “Podemos pegar muito no início ou na fase pré-maligna. Aí, as chances de cura são totais”, alerta Casali.
Mas vale ressaltar que os fatores ambientais também são determinantes no desenvolvimento da doença. Por isso, é importantíssimo seguir uma dieta saudável, manter o peso ideal, praticar atividade física e largar o cigarro e o álcool. Controlar o estresse também é mais do que indicado. Essas dicas são válidas para todas as mulheres que querem passar longe desse diagnóstico.
Qual o seu horário de trabalho?
Ele influencia no aparecimento de câncer de mama. Foi a essa conclusão que chegou um estudo publicado na revista científica International Journal of Cancer. Quem trabalha no período noturno tem 30% mais risco de desenvolver a doença. “A mudança do ciclo dia-noite altera o relógio biológico e a produção hormonal. E o câncer de mama, em quase metade dos casos, depende do estímulo hormonal para o seu crescimento (a sobrecarga de estrogênio pode induzir a proliferação das células e aí acontecem mutações”, explica o oncologista Ricardo Caponero.
Tumor não é tudo igual. Uma pesquisa feita por cientistas do Canadá e Grã-Bretanha constatou que há 10 subtipos de câncer de mama. Um dos pesquisadores, Harpal Kumar, diz que isso vai alterar a maneira da doença ser analisada e tratada.